domingo, 30 de janeiro de 2011

Beiral decorado

Num recente passeio a Viseu, e lembrando-me  deste post do Luís, que despoletou  várias conversas sobre os cuidados que os antigos tinham na concepção dos edifícios,  fui andando de nariz  no ar, não fosse perder a oportunidade de ver alguma bonita, pinha ou taça :) , mas não encontrei nada. Nada do que procurava, mas, qual não foi o meu espanto, quando reparei nestas telhas de beiral (não sei se é este o termo correcto), de um granítico edifício da rua Nunes de Carvalho.


Fiquei surpreendida.Nunca tinha visto tal! Telhas decoradas?!


Terá sido uma opção puramente estética? Ou antes, alguma questão técnica relacionada, por exemplo, com impermeabilização?!

Seja qual for o motivo, achei curioso, e a decoração até é bonitinha.No seu conjunto, assim, as flores todas alinhadas, fazem um efeito bonito, mas.... a verdade é que não haverá muita gente a dar por ela.:)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Escher e lustres

Porquê Escher e lustres, juntos num post?
Porque, para além de serem duas "coisas"de que eu gosto,e de andar a pensar fazer um post sobre cada um deles,recordei-me que gravuras de Escher e lustres, coabitam em perfeita harmonia, no Museu Escher  em Haia,  que eu tive  o privilégio de poder visitar.
Mas comecemos por Escher.
Não sei quando, nem como o descobri!
Sei, que foi já em idade adulta e com a gravura que mostro em baixo, mas numa época em que a informação não estava ainda à mão de semear, ou como se diz agora, à distância de um clique. Prefiro a primeira expressão!

Foi, portanto uma descoberta gradual, espaçada no tempo.
O certo, é que, cada gravura sua que eu ia conhecendo, mais me fazia pasmar com o trabalho daquele excelentíssimo desconhecido para mim. Cheguei até, a recortar e guardar, imagens de uma revista, que publicou algumas das suas gravuras:).Hoje, sei mais sobre este excepcional artista gráfico: a sua vida, opções académicas,influências técnicas, mas não o suficiente, para dissertar sobre o seu trabalho, por isso, caros amigos, remeto-vos para  o mundo da internet, onde felizmente há muita informação. Deixo esta, que é muito completa.

 Vamos agora aos lustres :)
Desde sempre atraíram a minha atenção.Em criança, era o movimento dos pingentes, a luz reflectida,os braços recurvados, as tulipas,os  dourados e prateados que atraíam a minha atenção.Como jovem adulta, achava-os démodé, mas, nunca lhes perdi o  rasto...
Hoje, sou uma confessa apreciadora de lustres.Tão apreciadora, que não perco uma oportunidade de os fotografar.
Mostro de seguida alguns, fotografados por mim. 
Estas duas primeiras fotografias, tiradas em Loyola, na sua basílica,a Basílica de Santo Inácio de Loyola mostram o mesmo lustre, visto de diferentes  perspectivas. Gosto mais da primeira, que revela todo o esplendor da sua cúpula.



O terceiro e quarto lustre são  mais mundanos! Ambos,estão no Hall de dois museus ingleses.
Este, em Bath, no museu que alberga as termas romanas...

 e este que pertence ao Victoria and Albert Museum, museu,que alberga uma fantástica colecção no campo das artes decorativas.

Voltando ao Escher, ou melhor ao Escher in het Paleis.
Numas belíssimas férias de verão, em que surgiu a oportunidade de ir a Haia, reservei de imediato, tempo para visitar o seu museu. Devo dizer, que senti a mesma emoção, que sinto quando visito espaços, ou vejo obras de arte de que sempre ouvir falar. Finalmente, ia ter oportunidade de ver grande parte da obra do artista que eu tardia e lentamente conheci.O êxtase foi total. Ali estavam à minha frente,autênticas, as gravuras, que sempre me deixaram a cogitar.Rivalizando na beleza e na diferença, os lustres mais excêntricos e bonitos que alguma vez vi!
Segundo li, são são quinze os lustres que povoam este museu e são da autoria de Hans van Benten, creio que de nacionalidade Holandesa.
A fotografia que se segue, não é da minha autoria. Encontrei-a na net e é pertença do Rodrigo Damazio, que eu não conheço, mas que agradeço desde já a partilha.


domingo, 9 de janeiro de 2011

As últimas tampas

As minhas últimas tampas não oferecem grande mistério.

Esta primeira, é de Sacavém, decoração Togo e creio que o modelo da terrina era designado por Berlim.
Não consegui grande fotografia.Mas mesmo assim, penso que se consegue perceber, a beleza desta decoração.
É frequente,nos sites de leilões encontrarem-se pratos e até travessas decorados com este motivo.
 A que se segue é da Vista Alegre,e segundo informação que consta no Avaluart, (onde há várias peças com esta decoração ) é pintada à mão,tem a marca nº20 e o seu fabrico situar-se-á entre 1870 e 1880.
Como curiosidade digo que esta tampa pesa um quilo e duzentos gramas.Se nos pusermos a fazer contas...ainda se transportava para a mesa um peso considerável, se estivesse cheia de sopa:)
Desta, não tenho referências. A única que tenho é que me foi oferecida, pela cunhada de que tanto falo aqui:)
Tem uma decoração muito suave,em verde...ou será algum tom de azul mais ou menos indefinido? Nunca vi decoração semelhante. Será de fabrico nacional?
Em tons de azul,em faiança e muito mais pequena do que as anteriores.
O seu desenho, faz-me lembrar uma peça da Maria Isabel ou do Luís, mas já não consigo situar o post onde vi a peça em questão.

Estão mostradas as tampas que há muito tempo  têm uma parede à sua espera.Uma parede da sala de jantar que confina com a cozinha. Estou com dúvidas sobre a sua colocação.Não sei muito bem que disposição lhes dar.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tampas

Novamente, Feliz 2011!
Nos tempos que correm, nunca será demais desejar felicidades aos amigos.Bem precisamos de todos estes votos...

Finalmente, mostro algumas das tampas de terrina e não só, que comprei  no verão passado.

Comprei, cinco de uma assentada :) Nada frequente em mim, estas compras por atacado. Mas que fazer... fiquei eufórica, quando vi ali assim, tantas, tão bonitas, pareciam estar à minha espera. Tinham chegado à loja recentemente. Alguém que se desfez do recheio da sua casa e que também, tal como eu,  tinha o gosto por tampas.Qual será o futuro das minhas? :)Não sei, talvez a história se repita e daqui a a uns anos, algum felizardo, terá a felicidade de as comprar.

Esta, foi amor à primeira vista. Encantei-me com todos os pormenores. A pega retorcida, a cercadura ingénua e a combinação das cores, que me parecem pouco vulgares.Tem 21 centímetros de diâmetro.


 Cantão popular. Como a poderia deixar ficar? É mais pequena do que a primeira e  mede 16cm. Pertenceria a um bule? A uma infusa?

Esta mede somente 9 cm. É certamente a tampa que resta de um açucareiro. Acho-a linda, graciosa. Faz-me lembrar as peças que o Luís tem mostrado, decoradas com florinhas e pintadas manualmente. É  de porcelana e quem sabe, da Vista Alegre.

Maria Paula