sábado, 24 de agosto de 2013

Prato coberto - Miaragaia ou Santo António de Vale da Piedade



O post da Maria Andrade, De novo a Fábrica de Santo António.fez-me decidir apresentar este meu prato coberto  que apesar de se encontrar no alinhamento das publicações há já algum tempo, foi ficando para trás sem motivo nenhum especial.  Não podia perder a oportunidade criada  agora pelo já referido post  para o mostrar.

Pelo muito que fui lendo e vendo, habituei-me a pensar nele como sendo produção de Miragaia. Encontrei, por exemplo, semelhanças na última travessa deste post que o Luís nos mostra. Repare-se, que apesar de na minha peça, não haver a palmeira que surge por trás do casario, a semelhança das árvores que o ladeiam é evidente. Até na caraterística inclinação de uma das árvores há semelhanças. 

Outra peça que me levou a pensar em Miragaia como possível origem do prato em questão foi  este galheteiro da Maria Andrade. As flores que decoram o lado mais curto do prato, que é retangular  e com os cantos arredondados são muito semelhantes às flores do galheteiro.
Por fim, a pega da tampa que está inserida em quatro folhas relevadas. Não me recordo de ter visto uma assim.  As estrias e o formato fazem-me lembrar os chapéus dos doutoramentos Honoris Causa de algumas universidades:).


Miragaia? Santo António de Vale da Piedade? Não serei eu certamente a ter a resposta. Se é que a há. Foram tantas as fábricas e/ ou manufacturas a laborar naquela região, que muito se terão influenciado mutuamente, por vários motivos, como já foi sendo referido por aqui. A mim, resta-me o grato prazer de poder desfrutar destas belas peças.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sombra e contraluz



Durante anos a fio tive um medo irracional de andar de avião e por isso elegi o comboio como meio  de transporte para longas distâncias. Foram muitos quilómetros assim percorridos, todos eles equivalentes a momentos únicos e inesquecíveis. Mas, mesmo gostando muito de andar de comboio há viagens que pela sua longa duração nos fazem esgotar todas as estratégias que arranjamos para passar o tempo. Foi o que aconteceu nesta viagem a caminho de Rimini. Já sem olhos que aguentassem a luminosidade da Bella Italia refugiei os olhos no chão do comboio, quando reparei nas diferentes sombras que ali se projetavam.   Divertida e com o tempo a passar sem dar por isso, fui-lhes tirando várias fotografias. Só esta, a da sombra do meu chapéu  resultou.


Este ano compreendi que tinha e me libertar dessa palermice do "medo do avião". Com dois filhos emigrados foi fácil! Só viajando de avião os posso abraçar em poucas horas:) Este medo inexplicável, foi-se, desapareceu! Começo a acreditar que nunca existiu tal é a facilidade com que entro num avião.

Aeroporto Francisco Sá Carneiro - Porto