O post da Maria Andrade, De novo a Fábrica de Santo António.fez-me
decidir apresentar este meu prato coberto que apesar de se encontrar no alinhamento das
publicações há já algum tempo, foi ficando para trás sem motivo nenhum
especial. Não podia perder a
oportunidade criada agora pelo já
referido post para o mostrar.
Pelo muito que fui lendo e
vendo, habituei-me a pensar nele como sendo produção de Miragaia. Encontrei, por
exemplo, semelhanças na última travessa deste post que o Luís nos mostra. Repare-se, que apesar
de na minha peça, não haver a palmeira que surge por trás do casario, a semelhança
das árvores que o ladeiam é evidente. Até na caraterística inclinação de uma
das árvores há semelhanças.
Outra peça que me levou a pensar em
Miragaia como possível origem do prato em questão foi este galheteiro da Maria
Andrade. As flores que decoram o lado mais curto do prato, que é
retangular e com os cantos arredondados
são muito semelhantes às flores do galheteiro.
Por fim, a pega
da tampa que está inserida em quatro folhas relevadas. Não me recordo de ter visto uma assim. As estrias e o formato
fazem-me lembrar os chapéus dos doutoramentos Honoris Causa de algumas
universidades:).
Miragaia?
Santo António de Vale da Piedade? Não serei eu certamente a ter a resposta. Se
é que a há. Foram tantas as fábricas e/ ou manufacturas a laborar naquela
região, que muito se terão influenciado mutuamente, por vários motivos, como já
foi sendo referido por aqui. A mim, resta-me o grato prazer de poder desfrutar
destas belas peças.