Sou
frequentadora assídua da feira de velharias de Ponte de Lima, para mim, a
melhor da região minhota. Vale pela sua localização, a magnífica Avenida dos
Plátanos, pela quantidade de feirantes, variedade dos artigos e das peças com
qualidade superior às apresentadas nas outras feiras da região.
Avenida dos Plátanos. Foto retirada daqui |
Foi
aqui que vi, num estaminé de pano no chão, o prato que hoje mostro. Fiquei
intrigada e enquanto aguardava pela oportunidade de me abeirar ia especulando
sobre a origem do prato, pois não me parecia ser de produção inglesa ou
portuguesa, as mais comuns nas nossas feiras.
Ainda pensei na faiança francesa,
mas quando constatei que afinal era brasileiro (obrigada Fábio pelo seu “Porcelana
Brasil”) fiquei, como se tivesse achado um tesouro. Nada tinha do Brasil e logo
descubro uma peça com esta decoração! Para além do magnífico azul, a caravela
de velas enfunadas e o céu tempestuoso dão-lhe um significado muito especial,
numa indiscutível alusão aos descobrimentos portugueses.
Este
pequeno prato de dezoito centímetros de diâmetro é produção da fábrica de CÉRAMUS
de S. Paulo. Achei interessante que durante as leituras que fiz de preparação
para este post, ao digitar a palavra “Céramus”, fui direitinha a dois blogues, que
sigo e cujos autores muito considero. Falo nem mais nem menos do Porcelana Brasil do Fábio Carvalho e do Do Tempo do Guaraná de Rolha do C. Deveikis.