terça-feira, 6 de julho de 2010

Coche

Fotografia tirada no Centro de Memória de Vila do Conde. Gostei do enquadramento do coche, nas portas azuladas e das traves brancas do tecto(será que são de madeira?).

4 comentários:

  1. Olá Maria Gabela
    Excelente foto
    Também me fascino por carros antigos
    Já visitei o Museu do Caramulo onde existem imensos exemplares para todos os gostos
    Esta foto além do coche magnífico é como diz... existe um não sei quê de beleza singular no contraste do azul das portas com as traves brancas, a fazer lembrar o antigamente ...a mesma cor das camas de ferro, dos portões....
    Vou contar-lhe, na minha casa rural fui eu que pintei a cama de ferro do quarto da minha filha desta cor ,todas as portas de ferro e o portão o ano passado. Agora quando lá estive pintei só de branco a cozinha velha, uma antiga pocilga onde tenho a lareira
    As cores naquela casa só são azuis e brancas...dão-me de facto muita paz!
    Beijos
    Isabel

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  2. Olá cara Isabel
    Nem sabe como gosto dessas camas de ferro antigas e pintadas de azul ficam um charme...Adoro os florões que normalmente decoram a cabeceira.
    Com bastante pena minha, não tenho nehuma :(
    Mas não se pode ter tudo e como acredito que o sonho comanda a vida, ainda hei-de ter uma cama dessas :) :
    O dever chama-me...os telemoveis são óptimos, mas têm esta coisa perversa de estarmos sempre contactáveis...
    Um abraço para si
    Maria Gabela

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  3. Ambas as fotografias estão perfeitas quer no conjunto cromático, como no equilíbrio/desiquilibrio de formas, e, sobretudo em algo em que reconheço que a Maria Gabela é exímia: no intimismo.
    As suas fotos têm sempre esta característiva intimista que as torna muito apelativas e sugerem viagens ao nosso interior.
    Devo confessar-lhe, ainda que a medo, que não sou muito tocado por esta forma de arte,(ligado à arte como estou este é um sério handicap), excepto quando conseguem fazer-me viajar pelas minhas memórias.
    Mas a Maria Gabela parece fotografar com mais do que uma câmara fotográfica, impõe-lhe também a experiência de um ser humano observador e sensível, e isso faz a diferença.
    A beleza, só por si, é fria e impessoal, é necessário algo mais - há pessoas que referem a "alma", eu prefiro-lhe outras denominações, como as vivências que vamos acumulando, a sensibilidade e as experiências que conseguimos assimilar para nos fazer crescer e ver as coisas de outra forma ... enfim, há tanta coisa mais comezinha que faz a diferença sem que seja necessário chamar à liça coisas tão impessoais e suprahumanas como a "alma".
    Quanto às traves que aparecem, se são necessárias tantas e tão juntas, é porque são mesmo de madeira, se não forem, então é uma estrutura falsa que foi adicionada ao tecto de betão ou pré-fabricado para imitar uma construção antiga. Não consigo perceber a partir da fotografia o que se passa na realidade, mas é provável que sejam mesmo de madeira, senão seria ir muito longe na arte de enganar!
    Continue a dar-nos o prazer visual das suas fotografias
    Manel

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  4. Caro Manel
    Obrigada pelos generosos comentários às minhas fotografias.
    Gosto da maneira como as olha, e apraz-me saber que, elas com alguma probabilidade o conduzem a momentos de reencontro com as suas vivências, e memórias. Para mim, estes momentos, são pedaços preciosos do dia; bastam-me alguns poucos minutos de evasão, para continuar a girar, já com outra garra. Habituei-me a valorizar estes momentos, quando tinha os filhos pequeninos; nessa altura, com três crianças de idade tão próximas, momentos meus, só meus, desses que nos fazem “viajar”, eram um luxo, luxo que eu não quis abdicar!  Defini então, que só me deitaria quando toda a casa dormisse!!! Eram momentos de ouro, esses em que, com a casa em silêncio, olhando o chão pejado de brinquedos, eu ficava ali, fazendo nada, num vaivém mental, revisitando lugares, pessoas, acontecimentos… Uma coisa era proibida nesses curtos momentos (o sono levava a melhor); fazer planos e tentar resolver problemas 
    Mudando de assunto e depois de o ler, também acho que as traves são realmente de madeira; não faria sentido (creio eu), naquele tipo de intervenção, pôr qualquer tipo de imitação.
    Um abraço para si

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