Recentemente descobri a feira de velharias de Ponte de lima e fiquei bem impressionada. Bons preços, local aprazível (ao longo do rio Lima),e já com uma dimensão considerável.
Abaixo, uma fotografia minha, da Avenida dos Plátanos, local onde se realiza a feira.
Este prato foi a primeira compra. Percebi que não iria ser caro, pela maneira como estava exposto na tenda, meio desvalorizado, por baixo de outros, muito vistosos e "compostinhos" .
Tem 22 cm de diâmetro e está decorado com o chamado motivo "casario"; segundo informação que consta no catálogo de uma Leiloeira, é de fabrico nortenho. Digo a título de curiosidade, que a leiloeira que refiro, tem um par de pratos iguais a este, com a base de licitação de 100€! O meu, depois de regateado, veio para 7€...
Em baixo, os "gatos" deste prato. Hoje partimos qualquer coisa e vai direitinha para o lixo... É urgente recuperar os valores antigos do poupar, reutilizar,transformar, etc.
A segunda compra, foi uma chávena almoçadeira, cantão popular. Tenho alguns pratos e, já há algum tempo, que gostava de ter outro tipo de peças com esta decoração, mas nunca tinha encontrado nenhuma.
Como a chávena não está marcada, mostro o outro lado, pois pode haver pormenores que nos ajudem a perceber a origem das peças.
Na fotografia que se segue percebem-se as imperfeições da pintura interior.
Confesso que fiquei alvoraçada :) quando via a chávena. Achei-a cara, não a comprei de imediato,mas, não resisti e no caminho de regresso, comprei-a. Passei toda a feira a mentalizar-me para a sua compra.Fui assaltada por todo o tipo de pensamentos:) Porque não, não vou ficar mais pobre, mais vale um prazer nas vida que dois tostões no bolso, enfim, sabem como é....
Resta-me dizer que vim feliz para casa, com as minhas duas novas aquisições. A felicidade, por vezes, faz-se de coisas muito pequenas.
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Olá Maria Paula,
ResponderEliminarAcho este seu prato com um encanto extraordinário! Tão ingénuo, tão autêntico... deve ser muito antigo!
Se o tivesse visto também não o deixaria ficar. Que inveja!
A chávena e o pires devem ser bastante mais recentes, mas também encantadores e com a vantagem de fugirem à banalidade dos pratos e travessas.
A última peça que comprei deste género foi uma infusa, mas de resto tenho só pratos e uma pequena travessa, também gateada como o seu prato, mas custou quatro vezes mais...
Achei graça à descrição que fez das suas hesitações, os argumentos pró e contra que usamos para nós próprios, porque comigo passa-se o mesmo montes de vezes. Às vezes não compro e depois arrependo-me.
Um abraço e parabéns pelas compras.
maria Paula
ResponderEliminarA Chávena tem marca? Parece-me coisa da Lusitânia.
Abraços
Luís
Olá Maria Andrade
ResponderEliminarA chávena, é com certeza bem mais recente do que o prato, aliás, penso que o fabrico mais ou menos generalizado de loiças específicas para os diferentes tipos de refeições, será uma coisa muito mais recente.
O prato também o acho encantadoramente ingénuo e os "gatos" conferem-lhe uma graça especial.
Sabe que quando vou a feira de velharias, regra geral imponho um limite de gastos a mim mesma :) Só que, ultimamente não tem funcionado :)Quando dou por mim estou a argumentar da maneira que já sabe e a voltar para casa felicíssima, com o orçamento ultrapassado.
Um abraço
Maria Paula
Caro Luís
ResponderEliminarA chávena não está marcada.
Acrescentei uma fotografia com o outro lado, pois pode ajudá-lo a confirmar a sua hipótese sobre ser da Lusitânia.
Abraços também para si.
Maria Paula
Olá Maria Paula
ResponderEliminarEstive uma semana no Algarve..por isso só agora vi o seu post.
Senti saudades desse corredor ao longo do rio, há anos que aí não vou...
Achei o prato uma delícia. De tudo o que tenho e do que tenho visto, é o meu eleito, o preferido.
Agora atribui-lo a fabrico do norte até pode ser.
Ele apresenta uma particularidade que em nenhum dos exemplares que tenho apresenta, é recortado no rebordo. No norte este recortado só conheço em loiça de Darque conhecida como de Viana. Também em loiça de Coimbra.O esponjado debaixo do casario é muito carateristico da fabrica Cavaco.
Quanto à chávena almoçadeira parece-me ser fabrico de Sacavém. O Luís tem razão quando evoca Lusitânia. Esta fábrica também pintou este motivo, sendo mais recente foi peremtória a pergunta, até porque o Manel tem uma molheira oval marcada.Agora acontece que tem andado nas feiras uma molheira igual à do Manel com a marca Lusitânia e carimbo de Sacavém, caríssima, pede 40€. Interessante para colecionadores e também saber da parceria destas duas fábricas no mesmo fabrico.
Que grande sorte a sua, bem o prato é a loucura total,seguramente finais do séc.XVIII
Bem que gostaria de atribui-lo a Coimbra...
Beijos
Isabel
Entendo a pergunta do Luís, pois há aqui por casa duas ou três peças com o mesmo tipo de desenho e até a cor é similar, e são todas da Lusitânia, mas isso não é significado de nada neste mundo desconcertante que é o "Cantão popular".
ResponderEliminarO prato é um encanto, não o deixaria escapar caso me aparecesse debaixo da vista!
Felizmente que tal não sucedeu, pois tenho de me refrear ... basta de aquisições! Sobretudo quando outras premências surgem e onde sou obrigado a gastar rios de dinheiro em obras e mais obras!
Por agora estou "fechado para obras" !!!! :)
Os meus parabéns pelas peças que são lindíssimas
Manel
Esqueci-me de a cumprimentar pela primeira fotografia.
ResponderEliminarDe facto a chávena parece Lusitânia, mas sem marca é complicado atribuir com segurança.
o primeiro prato é um encanto
Pois, Maria Isabel, se já não vem há muito tempo a Ponte de Lima, está na hora de o fazer:
ResponderEliminarEsta vila, que não quer ser cidade,para não perder o estatuto de "vila mais antiga de Portugal!", foi sendo requalificada, ao longo de vários anos, e tornou-se numa terra encantadora, que, por vezes, até nos faz esquecer que estamos num país, onde predomina uma certa desordem urbanística.
A obra mais recente, a urbanização das margens do Lima, dotou-a de um espaço de lazer, de excepcional qualidade.
Quanto ao meu prato, (que também creio ser bastante antigo) e chávena, uma vez que não estão marcados, serão uma incógnita.Mas não é isso que muitas vezes nos espicaça? :)
Beijinhos
Maria Paula
Manel
ResponderEliminarFiquei baralhada de vez! :)Diz que tem peças da Lusitania, muito idênticas à chávena, mas, a única peça "Cantão popular" que tenho marcada (um prato), da fábrica Lusitania, o desenho em nada é parecido com a decoração da chávena. Na cercadura deste prato há círculos, meias luas e traços que se cruzam. No centro, lá está o palácio do imperador, uma árvore que mais parece a representação de um ramo,a ponte e todos os pequenos traços e linhas curvas, característicos do Cantão popular.O tom de azul é mais claro e aguado.:)
Como diz e muito bem, o Cantão popular é um mundo desconcertante, e nada nos deverá espantar:)
Desejo-lhe boas obras. A construção,ou reconstrução de uma casa é um poço sem fundo.Mas também, diga-se em abono de verdade uma grande motivação.
Abraços
Maria Paula
Luís :)
ResponderEliminarObrigada! :)
Beijos
Maria Paula