domingo, 3 de outubro de 2010

Divagações

Ilustrando a constatação que venho fazendo, sobre sobre as diferentes representações das alminhas, no norte e sul do país, e no seguimento de um comentário que fiz no "Velharias do Luís",deixo aqui três fotografias.
As duas que se seguem foram tiradas em Braga,a caminho do Bom Jesus e pertencem à mesma alminha.
A primeira mostra o seu aspecto geral, e a área envolvente, podendo-se perceber pelas flores e círioS ali colocados permanentemente, que ainda são local de devoção.A segunda é um pormenor, que valem mais do que todas as minhas divagações.








Esta terceira, foi tirada numa aldeia do Douro perdida na serra. Como sempre, infelizmente, não apontei o seu nome. Prometo emendar-me.

7 comentários:

  1. Maria Paula

    Os azulejos que fotografou são de facto já deste século ou quanto muito dos finais do XIX. Nessa época, a arte sacra já perdeu a graça e o dinamismo que teve no passado. A moral burguesa já impôs o seu espartilho aos costumes e os santos ficaram menos voluptuosos, com menos douradoas e tornaram-se piegas. As imagens paradigmáticas são os sagrados corações de Jesus, Sta Teresinha de Lisieux, Nossa Senhora de Lourdes e a pior de todas, Nossa Senhora de Fátima.

    As alminhas que fotografou perderam a beleza do século XVIII, mas mesmo assim, ainda tem qualquer coisa da graça e ingenuidade da arte popular, que as torna mais agradáveis e simpáticas que as Senhoras de Fátima.

    Abraço

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  2. Como já lhe disse, gosto imenso das fotografias que consegue captar.
    São bem representativas do que quer comunicar.
    Estes azulejos parecem-me todos do século XX, e, não fora as molduras que os cercam, nada teriam de verdadeiramente interessante. As molduras, estas sim, são fantásticas, em granito, algo rude e fortes na impressão que inculcam nos passantes!
    Belíssimos enquadramentos!
    Um bom feriado
    Manel

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  3. É verdade, esqueci-me de a cumprimentar pelas fotografias, que conmo de costume são muito boas

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  4. Luís
    Concordo consigo. Quando temos como base de comparação as imagens que refere,conseguimos descobrir algum encanto nestes azulejos tão ao gosto popular.

    Obrigada pelo P.S sobre as fotografias.
    A última, não está como eu gosto. Utilizei o flash sem necessidade. Fica feio o seu reflexo e eu ainda não sei retocar estes pormenores.
    Um abraço
    Maria Paula

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  5. Manel
    Obrigada pelos elogios que tece às minhas fotografias. São um incentivo, acredite.
    Quanto aos azulejos, também acho que já são do século XX e quando comparados com os que o Luís nos mostra aqui, são realmente,"pobrezinhos".
    Todas as alminhas que encontro pelas minhas deambulações, têm todas este tipo de representação.Também já tenho visto algumas, das quais, já só resta o nicho, sempre em cantaria. Creio ter uma fotografia. Vou procurá-la e colocá-la aqui.
    Um abraço
    Maria Paula

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  6. Maria Paula
    Há dias que nada sei de si...saudades!
    Também adoro as "AlMINHAS"
    Neste fim de semana fui à terra, e na estrada entre Ansião e a casa rural existe uma capelinha de Alminhas em Lisboinha.
    Parei o carro e lá fui tirar a foto, apressada com a chuva de chuvisco nem reparei que cortei a parte de cima onde cruza uma pequena cruz que lhe confere a graça...fui interrompida por um casal de ingleses , perdidos queriam ir para Castanheira de Pêra, claro dei-lhe as coordenadas, quando falei em Figueiró dos Vinhos, sorriram a desfazer-se em agradecimentos.
    Claro que tenho de lá parar novamente.
    Em pequena tinha "medos" de passar junto a estas capelinhas sempre iluminadas por velas, talvez fosse do cenário em azulejo ou pintura as chamas e letras que não sabia o significado, tudo me fazia lembrar o Inferno!
    Beijos
    Isabel

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  7. Isabel, desculpe o atraso da resposta.Tanta gentileza sua, e eu uma descuidada, na prontidão da resposta.
    Sabe que também eu em criança tinha medo das alminhas? O sobrenatural sempre teve o condão de me impressionar. Ainda hoje é um tema que me causa desconforto. Por exemplo, eu que gosto tanto de cinema, evito ver filmes que abordem essa temática. Saio impressiona e depois é que são elas...cada estalido que oiça no silêncio da casa, deixa-me o coração aos pulos lol.
    Sobre a fotografia da alminha, em que lhe cortou o topo, também já me aconteceu. Tirar fotografias à pressa não resulta :) O pior é quando não há grandes possibilidades de se voltar ao local, para tentar nova foto.
    Beijos
    Maria Paula

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