segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Marca molheira

Ora cá está a marca, o mais ampliada possível.
Não consegui usar a técnica de fazer contrastar a marca. Não resultava. Muito certamente,falta de jeito da minha parte.:)

A ser de facto da marca COPELAND, a letra que eu pensava ser um J, é o que resta da letra O.
Quanto ao C, ou já não se consegue ver, ou nunca existiu, e aí voltamos à estaca zero.
No fim da palavra, existe uma pequena marca, que poderá muito bem ser algum vestígio da letra D, e não é visível na foto
 Eu sinto-me inclinada para que a palavra que tentamos descobrir seja realmente COPELAND. Aliás,se bem repararmos, nas minhas tentativas, eu chegava à  palavra JPELAN. Mesmo assim, devolvo a palavra, aos entendidos.
Seja ou não, resta-me agradecer todos o interesse, muito especialmente à Maria Andrade e ao Manel.
Um abraço a todos e boa semana
Não me conformo com o facto de não ter conseguido seguir a sugestão do Manel. De repente ocorreu-me que poderia editar a foto. Foi o que fiz. Parece-me mais legível, assim.

9 comentários:

  1. Cara Maria Paula,
    Pode ficar certa de q essa marca é da Copeland.
    Para além das peças q já tinha visto cá em casa com várias coroas gravadas e q me davam bastante garantia disso, verifiquei q numa delas, para além da marca impressa a tinta (ou estampada) e da palavra Copeland gravada em forma de arco, nota-se uma coroa também gravada sob o arco da palavra, mas pouco visível. É portanto uma marca igual à sua. Além disso, fui fazer pesquisa na net por "impressed Copeland over a crown" (adoro fazer este tipo de pesquisas e por isso tenho todo o prazer em a ajudar)e encontrei várias descrições referindo-se a esta marca, geralmente a acompanhar outras marcas impressas a tinta. Já agora, nas marcas de faiança inglesa o termo "impressed" significa gravado na pasta e "printed" é q é impresso a tinta. O q é mais difícil é encontrar uma fotografia do verso das peças em q seja visível a marca gravada na pasta.
    Finalmente encontrei um site com mais de trinta marcas com a palavra Copeland (mais do q eu conhecia até agora e por isso também ganhei muito com a pesquisa) e algumas da Spode, sua antecessora. Entre elas vai encontrar 3 "impressed", uma delas a marca q tem aí. Mesmo q não chegássemos à palavra COPELAND, essa coroa com os tais pontinhos q descreveu, também não engana.
    O link é o seguinte:
    http://porcelain.netcipia.net/xwiki/bin/view/Main/spode+bacckstamps
    Abraços e boas pesquisas.
    Maria Andrade

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  2. É verdade Maria Paula, no site referido pela comentadora anterior aparece perfeitamente a marca constante da sua peça (e que eu tão pouco conhecia, pelo que agradeço a informação) e referente ao período de 1860 a 1969.
    Mas inclino-me para que a sua peça seja efectivamente do século XIX.
    Reparo também que a concha que adquiriu é muito semelhante à do Luís.
    E é assim que vamos encontrando informação relevante para estabelecer relações e identificar peças que, doutra forma, seria impossível.
    Felizmente, as peças de origem inglesa ou francesa que nos aparecem são quase sempre marcadas, o que permite mais facilmente a sua identificação, em detrimento da nossa que é sempre um adivinhar, e nem sempre coerente.
    Mais uma vez quero felcitá-la pela peça que é lindíssima.
    Uma boa semana de trabalho
    Manel

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  3. Reparo que alterou a imagem de apresentação do seu blog. Pareceu-me, pela flora algo exótica, ser uma fotografia relacionada com África, ainda que a arquitectura seja pouco característica.
    De qualquer forma a imagem fez-me sonhar com paragens mais longínquas, o que é sempre agradável, para escapar a esta depressão que se instalou
    Manel

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  4. Olá Maria Andrade
    Grata pelo interesse e por toda a ajuda facultada.
    O meu erro, desde o início, foi ter assumido que a primeira letra da palavra era um J. Como um
    pormenor, consegue ser determinante para a resolução, ou não, de um problema !
    Um abraço e mais uma vez obrigada
    Maria Paula

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  5. Manel
    Sabe que desde que me conheço que gosto de loiças. Atravessei várias fases, que vão desde as
    loiças de vários países por onde fui viajando, (ainda hoje me torço de raiva por ter deixado
    de comprar certas peças, porque as considerava caras) fases temáticas como a dos galos:),
    loiças utilitárias, enfim, é um gosto antigo, mas que não passava disso mesmo. Hoje, ainda
    compro por puro prazer, mas, ao mesmo tempo, muito mais curiosa sobre a questão das
    marcas e origens. Aliás, estou convencida que se tivesse comprado esta molheira, há um ano,
    chegaria a casa, destinava-lhe sítio e ponto final:)Ainda sobre esta peça, tal como o Manel,
    também acho que é do século XIX.

    Quanto à nova imagem do blog,tem toda a razão. É de facto, uma fotografia de África, (Angola)
    e como não podia deixar de ser, é da minha terra. Eu nasci numa pequena povoação, que era considerada a cidade mais completa da região ;) É verdade. Era a sede de uma empresa
    produtora e exportadora de café, onde havia todo o tipo de infra-estruturas(O casarão
    esventrado que se vê em segundo plano era o club, cinema, biblioteca, mess,etc....era um
    requinte, com a sua decoração em estilo inglês, nem a lareira lhe faltava….)
    Quanto à arquitectura pouco característica, talvez se deva ao facto de o plano de urbanização,
    ser de origem Belga, pois era esta a nacionalidade dos primeiros accionistas da empresa.
    Ainda bem que a fotografia teve o condão de o fazer sonhar, e de o fazer escapar, nem que
    fosse por momentos, desse terrível sentir, que é a depressão.
    Um abraço para si
    Maria Paula

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  6. Que interessante a fotografia, agora que explicada, pois, tal como o local onde vivi mais tempo, e donde guardo mais recordações, no Sul de Moçambique (não onde nasci, pois nasci no Norte, na Ilha de Moçambique), a arquitectura colonial deve estar, neste momento, se não praticamente destruída, pelo menos algo arruinada, a fazer juízo pelo que me foi dito por visitantes mais recentes, que tiveram a coragem de regressar.
    Eu não tive e não sei se alguma vez terei, pois, não sendo saudosista, nem achando que as coisas devam permanecer imutáveis, prefiro manter uma imagem mais ou menos intacta da memória do tempo em que me lembro de ser criança e despreocupado.
    Também ali as influências estavam ligadas às inglesas, através dos laços estreitos que existiam com a África do sul, ali mesmo ao lado. E a arquitectura era um misto de casa portuguesa à qual eram adicionadas varandas, algumas com colunatas (à boa maneira colonial), ou telhados projectados para que o sol não aquecesse demasiado as paredes das casas. E claro que estas eram sempre rodeadas de extensos jardins, que conferiam uma frescura muito tentadora nas extensas tardes do Verão tórrido dos trópicos.
    Enfim, são memórias que as suas palavras e fotografia me trouxeram ... e em boa hora, que estava a necessitar. Um bem haja!
    Manel

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  7. É verdade, a concha da sua terrina é algo semelhante à minha, o que me leva a pensar que tb será da Copeland.

    Também gostei da fotografias das casas de Angola. Nunca ainda ninguém conseguiu escrever um romance ou fazer um filme capaz de reproduzir os sentimentos tão fortes, que estas casas despertam, mesmo para quem nunca as conheceu (Pronto já estou como a nossa Maria Isabel e das louças Copeland parti para as memórias da África Portuguesa).

    Abraços

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  8. Manel
    Nasceu numa terra paradísiaca!
    Sempre ouvi falar da ilha de Moçambique, como lugar de excepcional beleza natural e arquitectónica.
    Ao contrário do Manel, eu gostava muito de voltar a rever a minha terra. Mesmo que os amigos, que já passaram por esta experiência, mo desaconselhem…
    Imagens actuais não faltam! A internet está cheia delas.
    Eu quero é voltar a calcorrear as ruas da Boa-E ntrada, assim se chama a minha terra que tem um nome comum a muitas roças. Até em S. Tomé há uma!
    Sonho em conseguir entrar no que resta da minha casa, trazer terra do meu quintal, se possível sementes e plantas para as fazer crescer aqui:)
    Não sei se alguma vez concretizarei este desejo.
    Quanto à povoação, não imagina como era harmoniosa. Casas iguais duas a duas, cuja área e localização estava de acordo com o estatuto social do funcionário que as ocupava (isto a nós jovens irritava-nos, éramos uns idealistas), os enormes jardins, pejados de árvores de fruto, as zonas residenciais bem separadas dos serviços, foi realmente uma grande obra de urbanização.
    O chão das casas em cimento vermelho, que era encerado amiudadas vezes e as pérgulas cobertas por imponentes e floridas buganvílias, são o que mais recordo. Depois…havia tudo o resto, que às crianças e jovens bastava para serem felizes.
    Um abraço e obrigada também, por provocar estas recordações.
    Maria Paula

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  9. Caro Luís
    Ainda com o pensamento em Angola, lhe digo que também não me restam dúvidas quanto à origem da peça.
    Quanto à inexistência de romances que abordem o problema da descolonização, só lhe digo que, se algum dia, um nosso irmão brasileiro se lembrar de o fazer, nos porá a todos a chorar baba e ranho :)
    Um abraço
    Maria Paula

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