domingo, 11 de julho de 2010

Porta em Folgosinho

Fotografia tirada em Folgosinho, concelho de Gouveia. Terra ainda muito genuína, com um centro muito interessante e cuidado. As suas ruas têm a particularidade de serem decoradas com painéis de azulejos onde estão inscritas quadras de cariz popular. A caminho do castelo (de que não gostei) reparei na particularidade desta(s) porta(s) Alma sensível, a de quem cuidou da reabilitação da casa a que pertence esta porta. Gostei da solução. Esbate a vulgaridade,da certamente, necessária porta nova. Subscreveria esta ideia numa casa minha.

4 comentários:

  1. Olá Maria Gabela
    Como sempre surpreende-me pela positiva
    Magnífica a sua descrição
    Adorei simplesmente
    E quanto ao autor, uma pessoa defensora de valores
    Não imagino muitas pessoas a fazer o mesmo
    Nem de propósito ontem vi uma grande porta de madeira tipo portão que veio da Índia ser aproveitada para mesa de jantar sendo-lhe adaptada uma cobertura em vidro, adorei a ideia, lindissima
    Bjs
    Isa

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  2. São ideias como a desta porta de uma casa de Folgosinho (recomendo um passeio até lá), ou como a que descreve sobre o portão que veio da Índia, que dão sentido às coisas. Deitar abaixo, deitar fora, comprar novo que isto já não presta, só depois de esgotadas as possibilidades de renovar, reinventar e reutilizar. Bem sei que falar é fácil, e, que isto nem sempre é possível. Muitas das vezes, este ritmo acelerado das nossas vidas, não se compadece; não há tempo. Por mim vou tentando, e confesso que sem esforço. Naturalmente dou comigo a pensar que isto, pode resultar naquilo etc, etc :)
    Já sei que se vai ausentar novamente. Regresse rápido, para me dar o prazer dos seus comentários.
    Um abraço
    MariaGabela

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  3. A ideia é interessante, mas, Maria Gabela, julgo que a razão que está na base para este arranjo não deve ter a haver com o respeito pela história da peça, mas tão somente para protecção da feia porta, que me parece feita de alumínio pintado, que fizeram o desfavor de colocar em fundo a tapar o espantoso e respeitável vão em pedra de granito bem aparelhada!
    Tenho sempre alguma dúvida que as pessoas mereçam a beleza de possuirem coisas lindas, pois não raro, acabam por estragá-las ... demasiada beleza parece cansar as pessoas!
    Hoje em dia não acredito muito no gosto que a tradição nos devia ter legado, mas que parece que nos passa ao lado!
    Mas que a fotografia é lindíssima e poética, não há dúvida, e continuo a reiterar-lhe o meu prazer em observar as suas fotos e ler os seus textos cativantes!
    Um bom final de semana
    Manel

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  4. Manel
    Acredito que motivos menos nobres e poéticos possam ter estado na base desta opção. O meu olhar nestas questões é puramente sensitivo e confesso que muitas vezes dou comigo a olhar as fotografias e a divagar sobre o porquê disto ou daquilo, sobre que vidas ali se terão vivido, os amores e desamores, expectativas e frustrações, que caminhos terão seguido os seus moradores, enfim…devaneios. E, quem sabe, estas divagações destorcem aos meus olhos a realidade.
    No entanto, encontro aqui pormenores que revelam alguma sensibilidade e (plagiando o romance) bom senso. Senão repare-se:
    Deu-se à nova porta, a mesma cor da sua antecessora, e o corte das velhas tábuas são ligeiramente em diagonal, o que, parece pressupor uma certa intencionalidade ou preocupação estética. Mas também concordo consigo, quando diz duvidar que as pessoas mereçam a beleza de possuírem coisas lindas! É que algumas vezes se associa a beleza ao atavio exagerado, ao último grito do design ou de qualquer outra área.
    Mas sabe Manel, de tanto olhar para a foto para lhe responder a este post descobri que a minha imagem está lá reflectida.Vê-se,incluisvamente a minha mochila vermelha. Curioso, como uma foto pode revelar mais do que se pensa!
    Obrigada pelos simpáticos comentários às fotos e textos.
    Um abraço
    Maria Gabela

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