Esta fotografias tiradas há já alguns anos criam uma certa ilusão ótica a quem olha para elas. Este género de fotografias ou até pinturas sempre me agradaram. Gosto, de por momentos, ficar sem saber onde começa a ilusão e termina a realidade.
A que se segue foi tirada no meio da maior multidão que alguma vez já estive.Refiro-me nem mais nem menos ao Palácio de Versalhes, em pleno mês de agosto! Impróprio, para quem goste de visitas calmas, e com um ar decentemente respirável! Mas, por enquanto, não tenho alternativa :) este mês é o único em que tenho tempo para viajar.
A bola que remata o lustre, tem um gravado muito bonito, e foi precisamente quando tentava captar os seus pormenores, que percebi, que a fotografia tirada daquele preciso ângulo poderia resultar, pela ilusão ótica que causava e não pelo que primeiro motivo que atraiu a minha atenção.
A segunda fotografia, foi tirada em Guimarães no café Cinecitta, na muito bonita e animada Praça da Oliveira. Era domingo, havia futebol e esta é a combinação perfeita para um tarde mal humorada. Nestas situações, vale-me a minha máquina fotográfica :) Sentada na esplanada, aquele poster lá ao fundo, começou a dar outro sentido ao que via e ouvia. Um certo mundo masculino, sem dúvida estava ali representado.
Maria Paula, fez-me lembrar que há muitos anos não vou a Guimarães ... que desleixo o meu!
ResponderEliminarGosto imenso da sua primeira foto, com aquele globo de cristal nas mãos da criança, sob um céu de estalagmites pingentes.
Fui a Versalhes há muitos, mas mesmo muitos anos, creio que na primeira vez que fui a Paris, no final dos 70; regressei vezes sem conta, cheguei mesmo a viver ali durante algum tempo, mas nunca mais revisitei Versalhes.
Noutra dimensão e estilo diferentes, recorda-me também a visita que fiz a outro palácio encantado, o da Malmaison.
Ver estes palácios e museus é como lavar os olhos e a alma da feiura que nos rodeia!
Até o ambiente de semi obscuridade é propício ao sonho e à nostalgia que tais memórias evocam.
Uma boa semana de trabalho
Manel
Deveria ter referido "estalactites", mas achei o primeiro termo tão apelativo que não hesitei em usá-lo. Peço desculpa pelo devaneio estilístico.
EliminarManel
Manel :)
EliminarEstalactites ou estalagmites o que interessa é que esteve muito bem no seu "devaneio estilístico" conseguindo uma frase muito poética e não tem nada que pedir desculpa. Eu é que lhe tenho que agradecer a gentileza do comentário.
Mais uma vez boa semana
Tem que ir a Guimarães! Está uma cidade linda, bem recuperada, cheias de recantos, ruas e ruelas cheias de encanto. Atrevo-me a dizer que em termos de requalificação, está ao nível de qualquer cidade europeia. E o melhor de tudo, é que o seu centro não morreu! É cheio de vida própria, com um comércio tradicional muito agradável, e que certamente ajuda a que o centro não morra, nem tão pouco desertifique à noite e fins de semana. Não gosto da solução encontrada para o largo do Toural que está demasiado árido, sem árvores, sem sombras, quanto a mim está um bocado à novo novo rico…
ResponderEliminarSabe que só conheci Versalhes o ano passado?
Das várias vezes que fui a Paris nunca me atrevi a enfrentar a multidão que eu sabia que me aguardava, mas o ano passado finalmente decidi-me. Era uma falta imperdoável:) e é como diz, lava-se a alma, perante tanta beleza e grandiosidade. A primeira foto também é a minha preferida.
Boa semana
Também não conheço Versalhes, mas tenho o privilégio de passar todos os dias por um enome lustre francês do séc. XIX no Museu onde trabalho e todos os dias fico a olhar para aqueles enormes pedaços de cristal e fixo-me precisamente em pequenos pormenores, como este que tão bem captou com a sua câmara.
ResponderEliminarEstou como o Américo Tomás. Mas este natal deve ter feito precisamente 40 anos que não vou a Guimarães. Quando a vi esta coberta de neve, fenómeno que parece que é raro. Foi a vez que mais vi nevar em toda a minha vida
Olá Luís
ResponderEliminarQuarenta anos!! Tem que ir urgentemente a Guimarães, descobrir a bela cidade em que se transformou. Mete Braga num bolso em muitos aspetos, principalmente no cultural. Nos tempos em que vivi em Celorico de Basto, Guimarães, a par de Amarante, era o meu destino de fim de semana. Na altura as estradas não davam para passeios muito mais longos :) Mas, a bem da verdade devo confessar que na altura não gostava de Guimarães, que considerava uma cidade tristonha e degradada.
Nos lustres, também me perco com todos aqueles vidrinhos e pingentes.
Beijos e boa semana.
Olá Maria Paula,
ResponderEliminarMais dois belos resultados do seu olhar artístico, imaginativo e também crítico sobre as coisas que a rodeiam.
Na primeira foto deu-se a sobreposição feliz de dois elementos bem representativos do rico interior de Versalhes – tão rico que quase me senti esmagada com tanta opulência, na segunda vez que lá fui em família e nos dispusemos a enfrentar as bichas para visitar o interior do palácio.
A segunda foto é muito interessante pelo conteúdo semi- visível tão bem observado, com o tal mundo masculino, os que se auto-intitulam de sexo forte, a ser dominado pelo futebol - vários homens num café a olhar para o mesmo lado só pode ser para um jogo de bola na televisão :) - e por um certo mundo feminino, com uma magnífica Uma Thurman a representá-lo...
Continue sempre, Maria Paula, que nós gostamos de ver!
Um abraço
Olá Maria Andrade
ResponderEliminar:) Completamente de acordo! Um grupo de homens a olhar todos para o mesmo lado, nos locais mais improváveis,só pode mesmo ser um jogo de futebol, jogo que abomino, não pelo jogo em si, mas por todo o circo que se monta seu redor...
E neste dia havia jogo, creio que da seleção, e o ambiente era indescrítivel!
A presença da Uma Thurman, numm cartaz alusivo ao "Pulp Fiction", ajudou a compor o cenário e criou-se uma ilusão engraçada.
Versalhes,só depois de se lá entrar se tem a noção exata da sua opulência e riqueza. só tive pena de o visitar em agosto, mês de todas as filas, mas valeu a pena.
Obrigada pelas palavras de incentivo e bom fim de semana