Os vidros são um assunto pouco abordado por este grupo de amantes de antiguidade e
velharias que aqui se juntam na blogosfera, partilhando os seus achados. Apesar de eu só ter dedicado dois posts a este tema, não
significa que goste menos destes objetos do que das porcelanas ou faianças. Então
porquê este desequilíbrio? Creio que a principal causa é o meu desconhecimento
sobre este assunto e portanto vou evitando a sua compra, não vá comprar gato por lebre. A segunda questão
prende-se com o facto de as minhas compras serem feitas essencialmente pela
internet e por este meio, só tenho como referência a fotografia, o que
para mim é pouco e não basta para avaliar a peça.
Mas há uns largos meses e talvez influenciada por este blog, comprei este jarro de água . Bem, a marca também foi determinante:) Afinal sempre é um Baccarat!
A marca é mítica e sinónimo de luxo e glamour desde 1764. Comemoraram-se no mês passado, os seus duzentos e cinquenta anos de existência, com uma exposição retrospetiva no Petit Palais, em Paris, onde se exibem, até janeiro de 2015, cerca de duzentos e cinquenta das mais prestigiadas peças Baccarat.
Este pesado jarro, a passar dos dois quilos apresenta a marca normalmente atribuída ao período entre 1930 e 1940, mas como em muitos outros casos, também aqui as opiniões se dividem. Provado é que a marca foi registada em 1860 em Paris, e que nesta data, todas as peças eram marcadas com uma etiqueta em papel, igual à que se vê na imagem abaixo. Em 1936, esta marca em papel é substituída pela gravação do mesmo logótipo, na própria peça.
Quanto ao resto, sabe-se que a Baccarat nasceu em consequência de uma grave crise económica provocada pelo encerramento das salinas (propriedade do bispado de Metz) existentes na região de Lorraine, o que levou o bispo a desenvolver uma nova industria, na tentativa de minorar os efeitos daquele encerramento. A escolha do vidro prendeu-se com o facto de naquela região haver já uma manufactura vidreira. Em outubro de 1764 Luís XV autoriza a criação da nova industria que se instalará em Baccarat. Esta opção está intimamente relacionada com o conjunto das matérias-primas e outros recursos existentes na região e indispensáveis à produção do vidro. Outro fator determinante foi o facto de Baccarat ser banhada pelo rio rio Meurthe, por onde era transportada por flutuação, a madeira necessária à alimentação dos fornos.
Consegui finalmente acabar este post! Com o meu pai já em casa, sabemos que o pior passou e finalmente, toda a família vai regressando às suas rotinas.
Fonte - Baccarat
A marca é mítica e sinónimo de luxo e glamour desde 1764. Comemoraram-se no mês passado, os seus duzentos e cinquenta anos de existência, com uma exposição retrospetiva no Petit Palais, em Paris, onde se exibem, até janeiro de 2015, cerca de duzentos e cinquenta das mais prestigiadas peças Baccarat.
Este pesado jarro, a passar dos dois quilos apresenta a marca normalmente atribuída ao período entre 1930 e 1940, mas como em muitos outros casos, também aqui as opiniões se dividem. Provado é que a marca foi registada em 1860 em Paris, e que nesta data, todas as peças eram marcadas com uma etiqueta em papel, igual à que se vê na imagem abaixo. Em 1936, esta marca em papel é substituída pela gravação do mesmo logótipo, na própria peça.
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Imagem retirada da net |
Este jarro utilitário,
apesar de aparentado na forma, com o célebre serviço Harcourt criado em 1841,
não pertence à categoria dos objetos luxuosos que deram nome internacional à Maison Baccarat, nem tão pouco emite aquele som de corda de violino, tão
caraterístico das finas peças de cristal. Mas o robusto restauro a que foi
sujeito, confere-lhe uma graça especial. A enorme rachadela que vai da base até
ao inicio da asa, está perfeitamente selada por estas tiras de uma liga que não
consigo identificar e que alguém já sugeriu poder tratar-se de prata, mas eu, não creio que seja.
Consegui finalmente acabar este post! Com o meu pai já em casa, sabemos que o pior passou e finalmente, toda a família vai regressando às suas rotinas.