Passado um ano sobre o meu último post, eis-me de volta, cheia de
boas intenções e de promessas, feitas a mim mesma, espero que não vãs, em como irei manter o blogue atualizado, o que, a verificar-se, será uma verdadeira
mais valia, da qual não deverei desistir. Aqui falo das coisas de que gosto
com pessoas que muito estimo, leio, escrevo, coordeno ideias, enfim, um
exercício cognitivamente estimulante, com especial importância para mim, que já
não tenho que o fazer profissionalmente.
Mostro hoje, um bojudo bule de Sacavém decorado em tons de
castanho, onde dois passarinhos seguram uma cartela com um arbusto despido de
folhas, remetendo-nos facilmente para um ambiente outonal.
Apresenta
carimbo da Real Fábrica de Sacavém usado entre 1886 e 1894 e segundo informação
da Associação dos Amigos da Loiça de Sacavém era frequente adicionar-se o nome
do motivo decorativo. Não é este o caso, o que é pena, pois não sendo muito
vista esta decoração, mais difícil será chegar-se até essa informação.
Creio que hoje já não existe este hábito de personalizar
serviços de mesa e outras louças utilitárias, contudo, ainda há pouco tempo vi
uma chávena de café com os dois carimbos. Um, da Casa Tamegão, outra casa
histórica do Porto, e outro, da Vista Alegre usado entre as décadas vinte e
quarenta do século passado
Voltando ao Bazar Central, ainda há poucos meses ele
existia enquanto casa comercial e para não fugir à regra do comércio que
predomina de forma sufocante nas nossas cidades, vendia roupa e
afins.Segundo li encerrou em setembro para "obras profundas no edifício".
Mais um hotel?
O Bazar Central na atualidade. Foto de Fritz Grögel |