quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pires de Sacavém

Num dos últimos dias de férias,em passeio vespertino pelo Porto e na companhia de uma cunhada muito querida, que tal como eu é amante de tralhas e velharias (embora ela tenha peças fabulosas), depois de um grande périplo por casas do género, já cansadas e até um pouco frustradas porque não tínhamos comprado nada de nada (quem conhece esta sensação?), passamos por mero acaso pela rua do Almada. Para nosso gáudio,estava a abrir  a loja da irmandade Emaús, que só abre as portas ao público, a partir das 19 horas, penso que para salvaguardar qualquer  problema concorrencial.Vale  a pena entrar!
Encontra-se de tudo! Desde bicos de  velhos fogões a  ferramentas, livros, roupas,mobílias (algumas peças muito interessantes),loiças antigas e modernas, há artigos para todos o género de bolsas e gostos.Pela minha descrição, até se poderá pensar que a loja é uma grande confusão. Nada disso! A loja está muito bem organizada e as senhoras que lá estavam uma simpatia.
O pires que vos vou mostrar, estava numa prateleira,no meio de uma quinquilharia imensa. Dali, podia-se comprar até 10 artigos por 1€.Só trouxe o meu pires.Cativou-me logo pelas suas elegantes riscas azuis, e o risquinho dourado que as circunda. É de Sacavém.Com sorte, um dia, encontrarei a chávena que lhe pertence e aí a história deste pires será muito mais completa. Ah! Este pratinho tem lugar de destaque na minha sala :)

2 comentários:

  1. Uma bonita peça do período respeitante ao que se designa como "art-déco", que corresponde aos finais do 1º quartel do século XX, se bem que a produção deste tipo de peças se prolongou, entrando mesmo dentro de períodos já conotados com outros movimentos artísticos.
    Manel

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  2. Manel
    Obrigada pela dica.Gostei de saber que esta peça pertence ao género "art-déco".
    A senhora a quem paguei este pires disse-me, que este pires foi tudo o que restou de um serviço ,da casa da sua avó e que ela em criança, bebeu muitas vezes leite pelas suas chávenas.Pois eu não sei porquê, acho que ainda hei-de encontrar a chávena que lhe pertence.
    MariaG

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