segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Alminhas

Ontem fui trapalhona e repeti uma fotografia deste post. Por esse motivo apaguei a mensagem e, a quem deu por ela peço desde já desculpa.

Então, a primeira fotografia que mostrei e continuo a mostrar, corresponde a uma alminha de uma freguesia de Cinfães.
Acho-a muito bonita dentro da sua simplicidade.Sinais de devoção, dão outro sentido às alminhas.Aqui no Minho, é raro ver-se um destes pequenos monumentos religiosos, sem estas singelas expressões de fé.

A segunda fotografia, foi tirada em Setembro, durante uma caminhada na serra da Geira, no Gerês.Nesta serra (a da Geira) existem ainda vestígios de uma das mais importantes vias de comunicação militares do tempo dos romanos.Esta estrada, a Geira romana,  ligava Bracara Augusta e Asturica Augusta, actual Astorga, no norte de Espanha. Na  totalidade são cerca de 318 Km (215 milhas assinaladas com os marcos mileários).
Mas voltemos à alminha, neste caso na  freguesia do Souto, no lugar de Sta Cruz, em Terras de Bouro.

Aqui, não se usaram azulejos, mas antes pintura sobre madeira, e, não aparecem as penitentes almas já nossas conhecidas, mas sim um Cristo crucificado.Acho-a diferente de tudo o que tenho visto.
Achei tão bonito o conjunto granítico que a envolve, que, apesar da fraca qualidade da fotografia, não resisto em partilhar.
 Uma boa semana a todos.




10 comentários:

  1. Cara Maria Paula,
    Adorei a singeleza e rusticidade destas Alminhas, mas aquele nicho em granito do segundo exemplar, com o crucifixo tão bem enquadrado, ainda me encanta mais. Para já não falar de mais uma belíssima fotografia com q nos contemplou com aquele belo conjunto de pedra de património religioso popular, tendo como pano de fundo uma paisagem de montanha, agreste como o granito.
    Um abraço.

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  2. Gostaria de tirar más fotografias como aquela que a Maria Paula se desculpa. As minhas só são aceitáveis, porque trabalho-as todas no PC. Corto, recorto, dou luz, centro e lá consigo fazer umas fotos medianazinhas.

    Gostei do segundo nicho, em granito, com um Cristo que me pareceu antigo. Os liquens na pedra conferem ao conjunto sabor do passado muito interessante

    Abraços

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  3. Cara Maria Andrade
    Obrigada pelo seu simpático comentário.
    A segunda alminha é realmente diferente do habitual.Os materiais usados e a pedra envelhecida conferem-lhe uma graça especial.
    Não apanhei todo o complexo granítico, pois havia umas senhoras da aldeia, ali sentadas nuns degraus e eu de forma alguma as quis fotografar.Esperei, esperei, na esperança que elas se fossem embora, mas nada...a conversa devia estar ao rubro :)
    Beijinhos
    Maria Paula

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  4. Luís! Também não exagere! :)Já vi fotografias suas lindas!Estou-me a referir mais precisamente a umas tiradas no interior da sua casa. Ainda me há-de dizer como consegue aquelas tonalidades cálidas.

    o Cristo também me pareceu antigo. Se for da mesma época do granito que o emoldura, terá uma idade razoável. O lugar de Sta Cruz, que (eu erradamente, no post, digo ser uma freguesia)é bastante recôndito, por isso acredito, que este Cristo dever ser o primitivo. Para o bem e para o mal, há lugares, em que parece que o tempo parou!
    Um abraço
    Maria Paula

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  5. Olá Maria Paula

    Mais um lindo motivo de "Alminhas do Purgatório".

    Gosto das duas. Embora a última com o cruzeiro em cima do pedestal em degraus seja o meu favorito. No norte ainda se encontra muito património como o apresentado. Já na minha zona centro, fico sempre com a ideia que os meus antepassados e até contemporâneos, as vendem, destroem e...imagine, atrevo-me a dizer que as comem! ( no sentido que incutem nesse património tais remodelações abismais, uma completa aberração. Numa capela de 1623 onde o rei D. Filipe II assinou um diploma, tiraram a pia da água benta, grande e substituíram por duas pequenas novas. A antiga deixaram-na no adro junto ao quiosque dos comes e bebes de apoio às festas, uma imagem deplorável. Infelizmente como esta há outras por todo o concelho.
    Beijos
    Isabel

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  6. Como vai sendo habitual neste seu espaço, e sem deixar de me repetir, as suas fotos são bem elucidativas.
    Na primeira, apesar das características algo anónimas e sem qualquer cuidado pela tradição deste tipo de edificações, consigo ainda encontrar algum encanto algo ingénuo, e uma devoção que me faz pensar que afinal o verdadeiro sentido para este tipo de construção está lá, e isso é que importa! Claro que os azulejos deixam algo a desejar, mas o espírito está lá.
    Na segunda, o encanto do granito rude, mas tratado com cuidado nas aduelas do arco de volta perfeita, as quais se encontram duplamente ranhuradas, num intuito de conferir delicadeza e elegância ao conjunto, faz contraste com a rusticidade das lajes inferiores, e este contraste é absolutamente magnífico.
    Quando me quero lembrar de algo medieval vem-me à cabeça este tipo de construção, ainda que esta, muito possivelmente, não o será.
    Para não falar do painel de madeira pintado que me parece, senão coevo, pelo menos muito antigo.
    O tempo, "esse grande escultor" (como referiria a Yourcenar), e a natureza encarregaram-se de fazer o resto! Não se poderia fazer melhor!
    Um bom final de semana
    Manel

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  7. Cara Maria Isabel
    Aqui no norte,e falando de terras pequenas(salvo raras e honrosas excepções) só nas aldeias e lugares mais afastados dos grande centros, se conseguem encontrar estes pequenos monumentos no seu estado primitivo.
    A construção de novas zonas habitacionais, vias rápidas e a pouca sensibilidade das pessoa responsáveis muito contribuíram para isso. Aqui no Minho, houve pelo menos o cuidado, de as transferirem para outros locais.Mesmo assim,poderiam ter sido mais cuidadosos. Vejo alminhas, que foram colocadas sem a mínima preocupação estética: qualquer esquina, no meio do maior tráfego urbano, serviu para as acolher.Tenho pena, dos que ali ainda vão colocar as suas flores e círios.A grande maioria são idosos...
    Um bom fim de semana para si.
    Beijinhos
    Maria Paula

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  8. Caro Manel
    Depois de ler o seu comentário fui rever a segunda fotografia,e vi-a com outros olhos claro. Calcule que nem tinha reparado,nas duplas ranhuras de que fala!Prendo-me com o todo, e deixo as particularidades para trás.
    Também acho que a pintura, não será muito antiga, mas as marcas do tempo,ajudam a criar essa ilusão.
    Um abraço para si e bom fim de semana
    Maria Paula

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  9. Olá Maria Paula,
    Já vi q aproveitou os diazitos de Carnaval para remodelar o seu blogue e na minha opinião ficou muito melhor, assim torna-se mais fácil aceder aos vários temas dos seus posts.
    Então já confirmou a marca do seu frasco de perfume de porcelana? Deixei lá um comentário há tempos, não sei se viu, e agora tenho curiosidade em saber se se confirma a minha suposição.
    Tenha bom fim de semana.
    Um abraço
    Maria Andrade

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  10. Olá Maria Andrade
    É verdade andei a arrumar a casa! Calcule, que dei voltas e voltas, tentando pôr as etiquetas e como não conseguia, pedi ajuda ao meu filho mais novo e qual não foi o meu espanto quando via como é fácil :).De facto, o blogue assim organizado, facilita a consulta.

    Ainda não tinha visto o seu comentário ao frasco de perfume. Vou agora "para lá", para lhe responder.

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