terça-feira, 21 de junho de 2011

Pinha portuguesas no Uruguai

Um seguidor do meu blog, o Carlos Fernandez, também ele amante de velharias descobriu em Montevideu, no bairro chic  de Punta Carreta estas pinhas de origem portuguesa da  Fábrica de Sto António de Vale de Piedade e resolveu partilhar connosco este seu achado.

Efectivamente, tanto os portugueses como os espanhóis tentaram renhidamente colonizar o futuro Uruguai, tendo tido os portugueses como base, Colónia de Sacramento, que, segundo informação do Carlos, no tempo colonial era conhecida pela  "Maçã da Discórdia" e hoje tem o seu centro histórico classificado como Património da Humanidade. Interessante,a história do Uruguai, o segundo país mais pequeno da América do Sul, daí deixar-vos alguns links para mais facilmente acederem a alguma informação.

Mas este post é sobre as pinhas, portanto voltemos a elas,que em quase tudo são muito idênticas, às já mostradas neste blog e  aqui no do Luís.
Felizmente estas pinhas estão marcadas, não deixando margens para dúvidas quanto às suas origens. Acho interessante a utilização da cor- de -vinho, na sua decoração. Nunca tinha visto.
Os azulejos com a flor de lis, serão portugueses? Parecem-me de uma época mais recente.
Este conjunto parece-me uma composição de materias, que originariamente não teriam  relação entre si. Será?
Apesar de saber, que nós  portugueses andámos pelos quatro cantos do mundo, estas fotografias das pinha da Fábrica de St0 António de Vale de Pidedade,em pleno coração Uruguaio, não deixaram de me surpreender e como sou um bocado sentimental. confesso que senti até,  uma pontinha de emoção :)

9 comentários:

  1. Olá Maria Paula
    Gostei imenso deste post pela partilha do seu seguidor e na amabilidade de endereçar peças portuguesas marcadas no Uruguai...quem diria?

    Lindas. Também adorei a tonalidade do manganês.

    Estou preocupada, usei inadvertidamente a sua foto de cantão popular no meu último post.
    Estava mal disposta e naquela de tentar juntar pedacinhos, lembrei-me do seu prato e não fui de modas, esqueci-me da etiqueta.
    Aceite as minhas desculpas. Se acaso não aprouver, o retirarei. Aceito a sua opinião sem mágoa.

    Não houve outra qualquer intenção acredite.
    Tenho enorme estima por si .

    Aceite as minhas desculpas pelo inusitado.

    Beijos
    Isabel

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  2. Cara Isabel
    Uma das vantagens da internet é precisamente a partilha de informação e conhecimentos, e nisso, acho que esta pequena comunidade de "bloguistas", é mestra. O contributo do Carlos Fernandez é uma mais valia; em termos históricos, penso mais na presença dos portugueses em África e na Ásia; da nossa passagem pelas Américas, surge o Brasil, pois então, país irmão:)Factos, como a nossa presença,no território que é hoje o Uruguai, estavam esquecidos.

    Fez muito bem em usar a foto do meu prato. Aliás,fico muito contente,por poder ser-lhe útil.
    Um abraço
    Maria Paula

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  3. É incrível o que estes blogs permitem. Uma pinha de Santo António de Vale da Piedade em Montevideu!!! Só mostra como as fábricas portuenses do Século XIX tinham bons negócios não só no Brasil como também no Uruguai. O Museu Nacional de Soares dos Reis deveria ter conhecimento destes factos, eles que tem uma colecção de faiança do Norte tão boa.

    De facto o monumento onde as Pinhas se encontram não parece da mesma época. Julgo que o munícipio ou outra autoridade local terão aproveitado as pinhas de um antigo prédio ou moradia e fizeram esta estrutura para as encaixar.

    Os meus agradecimentos ao Carlos Fernandez e a si

    Abraços

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    1. Creio que o monumento seja do período neocolonial, que no Brasil aconteceu entre a década de 1910 e 1930, sendo muito forte na segunda metade da década de 1920, primeiro como neocolonial português, e depois, de forma bizarra, mas por influência das mansões das estrelas de cinema de Hollywood na época, o neocolonial mexicano.
      E o Luís tem toda razão: foi muito comum na arquitetura neocolonal, ao menos no Brasil, mas não deve ter sido diferente no Uruguai, reaproveitar peças e materiais de casas mais antigas demolidas.

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  4. Caro Luís
    Sem dúvida, seria muito interessante,se as entidades responsáveis tivessem mecanismos que permitissem seguir o rasto da produção das nossas fábricas de faiança.
    Dei comigo a pensar, qual será a panoramica em Angola? Vou-me pôr em campo :)
    Um abraço
    Maria Paula

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  5. Cara Maria Paula,
    Notei a sua ausência aqui do blogue por vários dias, mas vejo que já está de regresso :).
    É realmente surpreendente como se encontram estas peças da nossa cerâmica em locais tão longínquos e aparentemente sem grande ligação a nós. Essa nossa relação com o Uruguai, através da Colónia de Sacramento, não está muito presente no nosso imaginário, daí a surpresa.
    Demorei mais a vir aqui porque precisamente na altura em que publicou este post vi uma pinha branca numa loja de Coimbra, só que a loja estava fechada e não fiquei a saber nada sobre a peça. Esperava lá voltar logo a seguir e já aqui dar informação sobre aquele exemplar, que nem sequer sei se é de faiança ou de barro pintado, mas entretanto não consegui lá voltar a horas em que a loja estivesse aberta. Talvez até não tenha marca e não nos dê grande informação, mas terei que lá ir :)
    Beijos

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  6. Olá Maria Andrade
    Esta época nas escolas é de fazer perder a cabeça ao mais ajuizado :) daí o andar mais arredada, mas sempre com tempo de ir espiando os blogs amigos.
    Acho que o Carlos Fernadez fez muito bem em registar a existência destas pinhas, num local, onde não nos lembraríamos de ir procurar se fosse caso disso, abriu-nos assim outras perspectivas.
    Maria Andrade, investigue a pinha branca que viu e dê notícias.Já percebi, que não sou a única,que de vez em quando fica possuída por um espírito detectivesco :)
    Abraços
    Maria Paula

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  7. Bastante interessante o seu blog!


    Gosto imenso das estatuetas da fabrica de Santo Antonio, mas esta "pinha" não conhecia!

    Parabens belo blog!


    Flávio Teixeira

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  8. Olá Maria Paula, tudo bom?
    Os azulejos são franceses, Pas de Calais, do final do século XIX.
    O Uruguai, assim como o Brasil, foi um grande importador de azulejos belgas e franceses.
    No link abai xo, você poderá ver este azulejo, combinado a outros, em uma casa antiga no Rio de Janeiro.
    http://azulejosantigosrj.blogspot.com.br/2013/01/catumbi-ii-rua-emilia-guimaraes.html
    Abraços!
    Fábio

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