terça-feira, 26 de julho de 2011

Par de chávenas


Nem de propósito! No  sábado comprei duas chávenas de café na feira de velharias de Braga e, coincidente-mente, a Maria Andrade publicou num dos dias imediatos, este post sobre chávenas, que me fez olhar para a minha recente aquisição de outra forma; de outra forma, pois comprei-as, com a informação de que poderiam ser da Vista Alegre, mas sem certezas. Enquanto mas embrulhavam, ia pensando que não conhecia nada da VA  assim decorado,e que certeza, só tinha quanto à sua antiguidade.

Aqui está o  par, numa das suas faces. Na  decoração em jeito de chinoiserie, prevalece a representação de flores de cerejeira.Os rebordos são contornados com dois filetes em tom rosa.

Do outro lado, uma ave, talvez um pavão. Em plano inferior, uma grande mancha azul escuro, de onde sai o ramo onde se empoleira a ave. Toda a composição me parece ser uma pintura manual.


Um grande plano de uma das flores e logo a seguir um grande plano do pavão.

Depois de ver com muita atenção o poster que a Maria Andrade mostra, acho que o meu par de chávenas, tem fortes possibilidades de ser de fabrico inglês. Há alguns pormenores coincidentes; o formato da asa é o mais evidente, mas o tema "flores de cerejeira", está também muito presente nos exemplares do poster. Por ouro lado, tal como disse no início, não associo este tipo de trabalho à Vista Alegre. Continuarei a investigar.

13 comentários:

  1. Lindíssimas chávenas!! Parabéns!

    Realmente o formato parece ser VA, mas talvez a sua origem seja mais Europa Centra ou UK..

    Flávio Teixeira

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  2. Olá Maria Paula,
    Esqueça tudo o que eu disse em relação às suas chávenas na resposta que lhe dei no meu blogue.
    Como falou em chávenas de café e disse que estava uma parecida no canto direito da 3ª foto, pensei que se referia àquela azul e branca do canto superior direito.
    Vejo agora que as suas chávenas são “London shape”, tipicamente inglesas, muito parecidas com a chávena de chá do canto inferior direito dessa 3ª foto.
    São lindíssimas, certamente pintadas à mão e muito antigas, isto é, 1º quartel do séc. XIX, na minha opinião. Se não têm marca, devem ter sido fabricadas numa das centenas de fábricas de Staffordshire.
    É o tipo de coisa que eu não deixo ficar na banca, a não ser que me peçam preços exagerados.
    Foi um ótima aquisição, parabéns!
    Um abraço

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  3. Que lindeza as xícaras! Parabéns pela aquisição.
    abraços

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  4. Olá Flávio
    Obrigada pelo comentário. Agora,graças à Maria Andrade, já sabemos origem das chávenas.É muito útil a partilha de conhecimentos que aqui se vai gerando.

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  5. Cara Maria Andrade
    Referia-me precisamente à chávena do canto inferior direito, só que na precipitação do comentário omiti qual dos cantos se tratava :)

    Como já disse, nunca me convenci plenamente que estas chávenas fossem VA, mas depois de ver o poster que mostra, senti um baque quando me apercebi das semelhanças entre as peças. Quando a Maria Andrade fez o favor de confirmar estas suspeitas, fiquei satisfeitíssima!
    Abraços e obrigada pela partilha tão generosa.
    Maria Paula

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  6. Caro Fábio

    Obrigada pela visita.
    As coisas bonitas unem as pessoas. É o caso das peças que vamos descobrindo e mostrando uns aos outros.
    Abraços

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  7. São lindas!!!

    Apesar de não ser um entusiasta de chinoiseries, como o meu amigo Manel, por essas chávenas perdia-me.

    De facto a decoração não corresponde aquilo que conheço da produção da Vista Alegre do século XIX. Embora esteja sempre a aprender, a primeira fase da Vista alegre confunde-se mais com o Vieux Paris.

    A Maria Andrade deve ter razão e é provável que sejam inglesas.

    PS: As chávenas são bonitas, mas o mérito também é da fotógrafa, que soube valorizar as peças.

    Abtraços

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  8. Ola Maria Paula, ja tinha passado por aqui e visto o post, pensei que tivesse comentado mas pelos vistos não...é o normal desta cabeça actualmente, acho que tou a ficar senil :-)

    Não vou acrescentar nada ao que foi dito, mas de qualquer forma quero manifestar o meu apreço pelas suas chavenas, por mim tambem nao ficariam no vendedor...têm tudo para que eu possa gostar delas, são muito antigas, raramente se vêm pelos "nossos mundos" e têm flores com influencias "chinoiserie" pintadas à mão, para alem de serem chavenas de café, nunca me passou nenhuma pelas mãos neste formato, portanto para mim, são verdadeiros tesourinhos....parabens pela aquisição.

    Um beijinho muito grande,

    Marília Marques

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  9. Caro Luís
    Estas chávenas também não me pareciam da VA, e quando vi o poster da Maria Andrade, achei que as minhas teriam forte possibilidades de serem de fabrico inglês; depois, ela teve a amabilidade de dar a sua opinião e, mesmo não havendo marca, penso que, podemos dizer que a sua origem está identificada.

    Foi difícil fotografar estas chávenas. Como estava um dia muito claro, aparecia sempre um reflexo, que estragava a imagem; por outro lado, a parede clara a servir-lhe de fundo, também não a beneficiava nada. Resolvi a questão tirando livros de uma estante, meti as chávenas lá dentro, e assim resolvi o problema do reflexo inoportuno e da parede sem piada. O contraste beneficiou a foto. Depois, já cansada e com malas pelo meio, acabei por pôr só uma foto, de todas as que tirei na estante...
    Abraços
    Maria Paula

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  10. Cara Marília
    É um prazer vê-la por cá. Muitas vezes penso, como, e por onde andará, a Marília. Fico satisfeita, quando a encontro por um dos "nossos" blogues :)
    Ainda bem que gosta das chávenas e lhes reconhece antiguidade. Mais uma opinião abalizada, que me deixa contente.
    Beijinhos

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  11. oi... que maravilha q gostou do bule e chaleira que psotei!

    tbém...amo uma bela xicara!
    bela foto a sua!

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  12. Sabe que costumo fazer uma manha semelhante para fotografar gravuras encaixalhadas, que fazem reflexos por todo o lado? só que as coloco entre almofadas...

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  13. :)

    Luís, é bem verdade que a necessidade aguça o engenenho:)

    Abraços

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