quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Caminhos

Este post estava para ser ser feito antes da minha ida para férias mas, entre os almoços, lanches e jantarinhos com a família que vive mais ou menos distante, não tive tempo para o  fazer.
Serra de Montemuro. Ao longe vislumbra-se o rio Douro
Faço-o agora pois ainda é oportuno e  pretendo, então, com estas fotografias, simbolizar os diferentes caminhos que percorremos durante o louco mês de agosto, tendendo sempre a imaginar a teia complexa que obteríamos, se fosse possível registar graficamente o rasto do destino de cada um dos milhões de pessoas que se deslocam durante este mês.
Londres - Ponte Millenium
O nosso planeta ver-se-ia certamente, envolvido numa imensa renda feita de fios de todos os tamanhos, do  tamanho das distâncias das viagens de cada um e seria qualquer coisa como a imagem que mostro em baixo e representa as linhas,  pontos e círculos  imaginários da Terra.
Imagem retirada da net.
Sei que não irei a tempo de desejar boas férias a todos, mas desejo-vos que o regresso ao trabalho seja tão calmo e tranquilo, quanto as águas do mar que mostro na foto de baixo.
Viana do Castelo - Entrada na barra

10 comentários:

  1. Maria Paula extraordinário post - em poucas frases tece um Mundo imenso, e nele inserido num vaivém o mundo de gente que o habita ,e percorre de um lado para o outro desde os primórdios da história...
    Gosto de passear - muito, e travar conhecimento com gente anónima - um vício meu!
    Regresso sempre mais feliz, e com estórias para contar além do que contemplei na paisagem.

    Parabéns pela qualidade das fotos - soberbas!

    Retribuo votos de bom recomeço ao trabalho.

    Beijos
    Isabel

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  2. Olá Maria Isabel
    Passear, viajar, conhecer gentes e locais diferentes é muito enriquecedor. Cansaços e gastos ficam rapidamente esquecidos :)Ficam as boas histórias, o que se aprendeu e... as fotografias :) Quando cheguei destas últimas férias,a minha filha perguntou-me pelas fotos. Eu respondi-lhe, já ironicamente "Ainda estão na máquina e são à volta de seiscentas e tal, queres ver?" Acabou em gargalhada a conversa e claro que não lhe preguei nenhuma "seca". São para se ir vendo:)
    Beijos e obrigada pelo simpático comentário

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  3. As sua fotos são sempre um prazer olhar. E olhe que para uma pessoa que, de forma geral, irrita-se facilmente com a fotografia (sobretudo quando no la tentam fazer engolir à força), o que lhe afirmo é realmente uma confissão.
    Dificilmente encontro pessoas cuja fotografia seja um prazer partilhar.
    Uma professora de História da Arte que conheço, de origem brasileira, (leccionando aqui em Portugal), durante as férias fazia-se deslocar com os pais por esse mundo fora e, para azar de todos nós, sobretudo dos alunos, lá ia tirando os inevitáveis "instantóneos".
    Claro que depois lhe serviam para a leccionação, mas duma forma muito original:
    - aqui, nos degraus do Partenão, papai pedjiu a mamãe para segurá na câmera, mais, como ela não foi lesta caíu, teve um peripaque e foi parar no hospitau. Claro que foi um problema pelo resto das férias, pois foi priciso ir todo o dia no hospitau ... (e continuava com a história de papai e mamãe e da sua aventura pelos hospitais gregos ...), e no final perguntava de uma forma preocupada "Deu pra entendê?"
    Claro que era difícil não entender! Mas se a história da arte já não é fácil então a de papai e mamãe é dose!!!
    Felizmente, para todos nós, já não lecciona a disciplina!
    Estas férias, numa feira, comprei uma velha estrutura, com a respetiva almofada, para fabricar renda de bilros (já vinha provida com uma generosa quantidade de "binhos", o antigo nome dado aos pauzinhos onde se enrolam os fios).
    Tentei perceber como se mexe naquela geringonça, mas não está fácil o problema!!!!
    Nem a net me dá grande ajuda, nem as obras que existem à venda mo explicam, e conhecer pessoas que ainda saibam mexer os binhos, é algo mais difícil que encontrar políticos que não se corrompam.
    Olhei para esta sua imagem do mundo e pareceu-me imediatamente com uma das rendas de bilros que tanto gostaria de poder fabricar!
    Já estou precocemente a ver bilros em todo o sítio, e os meus olhos já andam trocados com tantas voltas e reviravoltas que dou aos binhos!
    Um bom início de trabalho, mas sem muita convicção, devo confessar
    Manel

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    1. Manel :)
      Fico muito sensibilizada e agradecida com o que diz sobre as minhas fotografias e é um prazer poder partilhá-las consigo que tanto as aprecia.
      Fez-me rir a bom rir com a história da mamãe, contada com um irrepreensível sotaque:) Pois é assim mesmo. Há pessoas que não têm a noção de como se podem tornar cansativas e inoportunas com as descrições das suas aventuras em férias, sempre muito bem documentadas com fotos e filmes. Estive em muitas reuniões familiares, nos idos anos 80, que eram uma tortura quando se começavam a ver os filmes das férias, qual delas no seu destino mais longínquo e exótico o que "requeria" uma locução muito pormenorizada :) Valeram-me algumas dores de cabeça e quantas vezes, me justifiquei com os meus filhos, ainda pequenos para abandonar a sala com um "já venho", que durava mais ao menos até ao fim da sessão :)
      Tem razão, a imagem que aqui coloquei faz lembrar uma renda de bilros, renda tradicional em Vila do Conde e que eu creio, estar em declínio, apesar do esforço de algumas entidades para que tal não aconteça. Desconhecia o termo "binhos", que deve ser muito próprio de alguma região. Aqui pelo norte, os "binhos", são bilros e ao que me consta, muito difíceis de manejar, por isso Manel, não se iluda:) que a aprendizagem não vai ser fácil:) Já vi em algumas feiras de artesanato rendilheiras de bilros a trabalharem e aquilo é uma confusão diabólica. Seguir o esquema, mudar alfinetes e fazer girar os bilros sempre em par é obra!! Eu, o máximo que conseguiria seria baralhar os fios todos:)
      Uma boa semana de trabalho que para mim, ainda é só de preparação :)

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  4. Eu só venho cá depois das férias, depois de ter percorrido fios que me levaram de Norte a Sul do País, muito embora não pretenda aprender a enrola-los em bilros como o Manel. Já não tenho vista para esas minúcias, mas o Manel borda muito bem e aprendeu sozinho, o que é notável.

    Aprecio sempre a tranquilidade discreta das suas fotografias.

    Abraços

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    1. Seja bem regressado Luís :) Como sempre uma palavra gentil para as minhas fotos que eu agradeço.
      Li no seu blog que houve fios que o levaram até "lá, onde o Norte da Europa se anuncia". Gostei muito desse seu texto, como sempre carregado de verdades ditas de uma forma muito especial.As fotos da sua sobrinha, estão ótimas e ilustram muito bem o post.
      Agora está na hora de enrolarmos os fios que restaram pôr o novelo à mão e aguardarmos a oportunidade de novamente tecermos novas rendas, estas certamente feitas de pequenas laçadas e menos complexas, pois os fins de semana, mesmo que prolongados, não darão para muito mais.
      Beijos


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  5. Olá Maria Paula,
    Só agora estou definitivamente de regresso à base :)e por isso, embora já aqui tenha passado a admirar as suas belas fotografias, não tinha grandes condições para me alongar muito na escrita...
    Gostei imenso das suas escolhas para ilustrar o tema das nossas deambulações em tempo de férias e aquela imagem do planeta terra como um novelo de linhas que se cruzam, representando as variadas rotas das nossas viagens, foi também uma escolha muito feliz.
    Quanto às suas fotografias da grande cidade, do campo e da beira-mar, confesso-lhe que a que me toca mais é a de Londres, por reconhecer muito bem o local e pelo desejo que sempre tenho em voltar àquela cidade, talvez pela décima vez ou mais, mas sem nunca me fartar. Só acho que está cada vez mais cheia de gente e por isso no verão não é muito agradável deambular pelo centro.
    Só a visita ao Museu Victoria & Albert, agora com toda a secção de cerâmica remodelada e reaberta, para mim justifica uma nova viagem, mas não sou sozinha a decidir...
    Beijos

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    1. Olá Maria Andrade
      Já estamos todos regressados! A ordem instalou-se novamente com cada um no seu respetivo lugar:) Também sabe bem.
      Não sabia da remodelação das galerias de cerâmica do Museu Victoria & Albert, o que por si só justifica uma nova visita a Londres, mesmo sabendo que em agosto é uma cidade desvirtuada. Para quem não pode viajar noutra altura, há a possibilidade de a transformar em ponto de partida para algum dos seus fabulosos arredores menos solicitados turisticamente, onde podemos apreciar de forma mais autêntica a vida local. Por vezes faço isso e resulta. Alternar a estadia numa grande cidade, com visitas aos seus arredores ou até a pequenas cidades mais próximas, resulta muito bem. Tenho conhecido assim terras surpreendentemente interessantes.
      Beijinhos para si e muito obrigada pelo seu generoso comentário a este post.

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  6. Olá,
    Achei bonito e original o cartao postal com o qual fomos presenteados este final de ano.
    A chávenas inglesas que eu tenho vistas(moltíssimas ,desde que a maioria da louça estranjeira foi por muito muito tempo inglesa e Bavaria aquí no Rio da Prata.As casas de antigüedades e leiloes estao cheias delas…..Agora as chinesas cheiao as prateleiras das lojas.INFELISMENTE!!!)estao marcadas e nao as tenho vistas pintadas a mao.Mas o que me chamou a atençao forao as folhas de azevo.Desde pequeno gosto muito desta planta embora nao era posivel na altura conseguir pés . Finalmente consegui,e plantei um no meu jardim.Os primeiros dois anos manteve as características folhas com espinos, mas depois começarao a aparecer folhas lisas como as de seu postal.Agora tem das duas, maiormente das lisas.Raro nao?.Cómo é o negocio das folhas desta planata?
    Pergunto já que tu es uma apaixonada das plantas e da natureza como eu.By the way,consegui obter pintangueiras germinando sementes
    Abraço,Carlos

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  7. Olá Carlos
    Depreendo que este seu comentário seria para o post das Boas Festas :), mas felizmente fui adquirindo o hábito de consultar a lista de comentários e assim encontrei este seu último.
    É verdade o que diz. Infelizmente há uma inundação de artigos chineses em detrimento do artigo local. Regras implacáveis de uma economia desumanizada sem grande preocupação de proteção dos fabricantes nacionais, sejam eles de que país forem!
    Sobre as folhas de azevinho, penso que só são recortadas enquanto jovens. Conforme vai crescendo o arbusto, as folhas vão ficando com esta forma ovalada. Este meu azevinho plantado por mim há cerca de 14 anos tinha,inicialmente, as caraterísticas folhas dentadas, que foi perdendo com o passar do tempo.
    Parabéns por ter feito germinar sementes de pitangueira!!! Eu tenho uma, em vaso, mas comprada num horto.Como moro num local muito frio ainda não a tirei do vaso, pois assim posso protegê-la das geadas do inverno. Este ano vou passá-la para o jardim, mas não sei se resitirá :) O ano passado deu três flores :)!!!
    Fiquei feliz.Veja no link que lhe deixo em baixo.
    http://ascoisasdequeeugosto.blogspot.pt/2012/03/prenuncios-de-primavera-no-meu-jardim.html
    Abraços

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