quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cogumelos...e não só.

Dando seguimento ao comentário que fiz ao post da Maria Andrade, sobre cogumelos e não só, mostro-vos hoje, duas fotografias que tirei na região do Douro. Atravesso tantas serras e vales, que nunca sei muito bem por onde ando, daí a falta de referências mais precisas.
Entusiasmo-me tanto com a beleza dos sítios que calcorreio, que me falta depois, disponibilidade mental para tirar notas, que depois, bem sei, me fazem falta.


Será este cogumelo um amanita muscaria? O tal das ilustrações dos livros infantis?

 
E este será um a que a Maria Andrade se refere como  lactarius deliciosus,?


As fotografias que se seguem, foram tiradas durante os passeios de fim de dia, que faço pelas imediações da minha casa.

Desde criança que as folhas me fascinam. Recordo-me do herbário que construí, nos tempos de estudante, e do prazer que sentia na recolha das diferentes folhas.


 Gosto do efeito, conseguido nesta fotografia. Parece um túnel de vegetação e não é. Coloquei a máquina ligeiramente inclinada, num muro e surtiu este efeito.


Correndo o risco de vos aborrecer, coloco só mais esta. Acho-a patusca. Tem qualquer coisa de humano :)
 Parece uma cabeça devidamente encapuzada. Apetece até agarrar num marcador e desenhar-lhe uma cara, sorridente de preferência.
Um abraço 
Maria Paula






8 comentários:

  1. Olá Maria Paula,
    Fotografias muito boas como é seu hábito apresentar. A penúltima é a minha preferida, com bom enquadramento e bem conseguido contraste entre luz e sombra.
    Quanto aos cogumelos, são os dois da espécie "amanita muscaria" ou "cogumelo mata-moscas", como também é conhecido. O primeiro está ainda jovem, por isso mostra as pintas brancas q são restos de um véu q os envolve quando brotam da terra. O segundo já sofreu os efeitos da chuva ou da humidade q lhe lavou as pintinhas.
    Beijos
    Maria Andrade

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  2. Olá Maria Paula
    Amabilidade surpreendente esta sua de nos deliciar com lindas fotos e aparentemente tão ingénuas...Que dizer dos cogumelos, o seu tom cerise é dos meus preferidos, e então com as pintinhas brancas dá vontade de trincar.
    Também gosto de folhas, há pouco temo descobri uma com uma inscrição de 1975...coisas de namoricos...soube tão bem voltar a senti-la na mão e recordar, sim, porque infelizmente o eleito já não pertence ao nosso mundo, há muitos anos que foi para o além!
    Apraz-me a sua curiosa sensibilidade, que em abono da verdade sinto também ter laivos, pena que não ande assim tanto sozinha com a máquina e deixo-os escapar. Por exemplo a última vez que fui à terra ali na zona de Torres Novas, estava meio crepúsculo, as figueiras são as árvores que dominam por lá, lindo foi observar as teias de aranha esticadas entre os ramos, só pensei como gostaria de captar numa foto aquelas rendas...mas qual quê, o meu marido lá parava!
    Beijos
    Isabel

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  3. Olá Maria Andrade
    Obrigada pelos elogios às minhas fotografias e também, pelo esclarecimento quanto aos cogumelos. Não fazia a mais pequena ideia, essa, do véu que envolve esta espécie, quando brota da terra.Como diz a Maria Andrade, o mundo dos cogumelos é quase tão vasto como o das antiguidades e eu, com todo o receio que lhes tenho,nunca lhes dediquei muita atenção.
    Para mim, cogumelos, eram assunto exclusivo de ilustração de livros infantis.Há uns dois ou três anos, e à força das caminhadas em que participo (algumas delas tendo como tema os cogumelos), comecei a "encontrar-me" ao vivo com algumas espécies,e claro, são tão lindos, tão coloridos, que não resisti a fotografá-los.
    Beijos também para si
    Maria Paula

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  4. Isa
    Pena ter deixado escapar a oportunidade de fotografar as teias de aranha! São precisamente como diz, rendas,rendas do mais fino que pode haver e dão fotografias belíssimas.
    Quanto às folhas, acredita, que tenho uma série delas secas, dentro de livros e nem sei muito bem que destino lhes dar? E será que precisam de destino? :)
    Tenho umas grandes de plátanos,que são um assombro!
    Sabe que em Angola, na minha região, que é caracterizada por uma grande altitude(1000m acima do nível do mar) e grandes níveis de humidade,havia uma pequena planta de folhas carnudas, que nós adolescentes, colocávamos dentro de um livro, de preferência pesado, aguardávamos umas semanas, e quando o voltávamos a abrir, dos extremos das folhas tinham nascido pequenas flores brancas?
    Usávamos até este facto como um pensamento mágico, no género "se as folhas florirem passo no exame" :)
    Quando paramos um bocado para pensar, concluímos que muitos dos nossos gostos e interesses já se revelavam na infância.
    Hoje estou trapalhona, por isso fico-me por aqui.
    Beijinhos para si
    Maria Paula

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  5. Decididamente a Maria Andrade colocou a Micologia na ordem do dia! Lol

    A Maria Paula respondeu muito bem ao desafio da micologia e apresentou fotografias muito boas, como de costume, sobre cogumelos e materiais que caem no chão, se decompoem e servirão de base à formação de outros cogumelos.

    A penultima fotografia é uma pequena obra de arte. Se um dia eu pretendesse escrever um livro sobre o envelhecimento, o Outono ou a tristeza escolheria certamente essa imagem como capa.

    A Maria Isabel deve arranjar uma máquina para si, deixar o seu marido andar à frente e dar largas a sua sensiblidade.

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  6. Habitua-nos à qualidade da fotografia, e, repare, eu até nem sou muito fã, nem sensível, a esta forma de arte (só não lhe concedo unicamente a denominação de "tecnologia" porque reconheço a intervenção da variável humana), pelo que tenho de gostar muito para poder reparar no pormenor do que é mostrado, isto é, por norma, dou conta da mensagem geral e passo à frente.
    A sua sensibilidade faz a diferença, pois dou por mim a tentar descobrir o pormenor!
    E fico sempre encantado com todas as formas onde a botânica pode intervir, pois, quando no Liceu (na altura ainda tinha esta designação), tive várias disciplinas onde eram ministrados conhecimentos de Botânica.
    Numa destas disciplinas devo ter tido uma docente, de origem espanhola, que, creio, deveria ter uma propensão para a Botânica, a qual levou-nos a construir um herbário (creio que mencionou isto algures, se bem que não consigo encontrar onde o escreveu), sendo nós incentivados a dissecar flores e frutos e a desenhar o que víamos, fazendo uso de lupas.
    Na altura fomos até mais longe e chegámos a preparar lamelas com vários tipos de tecidos vegetais, colocávamo-las sob o miscroscópio e ... toca a desenhar! Um prazer!
    Voltando ao herbário, colávamos o original seco (tínhamos um espaço escurecido onde colocávamos as folhas prensadas e as deixávamos a desidratar ao longo de semanas) numa página e, ao lado, era feito o desenho, pormenorizado ou esquemático consoante o objectivo, das folhas, flores e frutos, com ênfase nos pormenores científicos que tínhamos estudado em aula.
    Enquanto para alguns colegas meus isto era tido como um fardo, para mim foi dos meus prazeres mais genuínos, tendo continuado com ele durante mais alguns anos.
    Hoje, com pena, já não os faço, pois, para fazer umas coisas tenho de deixar outras, e, entretanto, outros interesses se "alevantaram"!
    Os passeios pelo campo, na altura, eram feitos de caderno de apontamentos debaixo do braço, lápis e borracha no bolso e eram horas de prazer! Para casa ficava depois a tarefa de aguarelar!
    E nas planícies africanas, como em todo o sítio onde impere a natureza, há sempre imenso para desenhar!
    Cogumelos não me lembro de ver, possivelmente existiriam noutras regiões, quiçá na minha, mas não me recordo de os ter visto; assim, quando os vi em Portugal, confesso ter ficado algo "embasbacado"!
    Mais tarde, já em Portugal, não voltei a sentir o mesmo prazer nas aulas de Biologia, onde, após dissecados, desenhávamos os aparelhos digestivos ou reprodutores de vários animais, os quais, sabíamos, tinham sido mortos para as nossas experiências!Creio que ficava algo deprimido por esta ideia e fazia-o a contragosto! Precisava da nota ...
    Alonguei-me, mas hoje o trabalho não me espera.
    Um bom final de semana, que aqui por Lisboa foi aumentado de um dia ... luxos que sabem bem, mas saem caros!
    Manel

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  7. O Luís deixou-me sem palavras,tal o teor dos elogios que teceu às minhas fotografias e que eu agradeço.

    Quanto à penúltima fotografia, tenho muito gosto em oferecer-lha, para lhe dar o uso que melhor entender; ou ilustrando o livro que poderá um dia vir a escrever, (e que eu acredito, que gostaria de ler), ou, simplesmente, guardando-a.A fotografia é sua. Bem sei que é simbólico, pois tudo o que se põe na internet é propriedade de toda a gente, mas seja como for, não voltarei a utilizá-la.Vou enviar-lha, cortando-a do meu álbum, "Natureza".
    Um abraço
    Maria Paula

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  8. Caro Manel
    Pois eu sei que o Manel gosta das fotografias que aqui vou pondo,e, por isso mesmo vou apurando a selecção:)
    Quanto à Botânica, ou mais simplesmente, as plantas, é um gosto muito antigo. Recordo-me de ser muito pequena e fazer a minha horta, que não passava de um pequena tira de terra à minha dimensão, onde eu replantava, as alfaces,couves (na altura ainda compradas com raiz),semeava, feijão, grão, não dava sossego à minha mãe, sempre a vasculhar os pacotes, na altura ainda de papel:). Tudo crescia! Sei agora, que não era mérito meu, mas sim, daquela terra abençoada, onde tudo o que era lançado à terra medrava e, duas vezes ao ano!Penso até que deveria ter seguido um curso que de alguma forma tivesse ligado à Botânica.
    Quanto ao herbário construído, com mil cuidados, recordo com orgulho, que fui a única apresentar a raiz do grão-de-bico, e foi um sucesso.Quando tocava a desenhar é que a questão se complicava. Valeu-me muitas vezes a ajuda do meu irmão mais velho, que depois de muitas súplicas lá acabava por ceder e assim conseguia aumentar as notas :)
    Um bom fim de semana prolongado, que aqui pelo Norte,se adivinha chuvoso, frio e triste.
    Maria Paula

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