Gosto deste prato com um peru azul, pintado no centro. De todos os pratos rústicos que tenho, este, é do que mais gosto.
Do que vou observando, parece-me que este tema, não é frequente na decoração das nossas faianças, sendo mais vulgar nas faianças inglesas.
Apesar desta minha constatação e mesmo não estando marcado, não duvido da sua origem portuguesa. O tipo de pasta é muito semelhante a outros que andam cá por casa incluindo o seu tom amarelado. Talvez isto, não baste para concluir nada, mas é esta a minha convicção.
Se para representar a folhagem, não restam dúvidas, que foi utilizada o esponjado, já para o peru, não sei, qual foi o tipo de técnica usado. Parece-me uma técnica mista, em que sobre o esponjado, aplicaram um stencil, para melhor conseguirem os pormenores.
Este meu prato, para além de colado está gateado e, nenhum destes trabalhos está muito sólido. A propósito dos "gatos" e outros consertos que se faziam antigamente, descobri o blog, Past imperfect, the arte of inventive repair do Andrew Baseman que coleciona objectos reparados com peças de metal e não podia deixar de partilhar convosco. Vejam. Tem uma coleção muito interessante e fora de vulgar.
A fotografia abaixo ainda é do meu prato :)
Ola Maria Paula!!
ResponderEliminarAdoro perus!
A seguir aos pavoes, são as aves que mais me fascinam pelo seu maravilhoso porte!
Adorei o seu prato!!
Bjinho
Flávio
Olá,
ResponderEliminarO prato é uma belezura.
O Peru foi feito com 2 estanholas, a primeira para a camada de baixo, um grande recorte do contorno da ave, e a segunda estanhola para os detalhes.
abraços!
Maria Paula, gosto imenso quer do seu prato quer do motivo - fantástico na sua ruralidade e singeleza.
ResponderEliminarO Luís acha mesmo que as peças deveriam ser quebradas e posteriormente "gateadas".
Eu desiquilibro-me entre várias opiniões, mas tendo a gostar do uso dos "gatos" e dou preferência a uma peça quando se apresenta com estes lindos apêndices!
Também possuo um prato com o mesmo tipo de vidrado amarelado e um motivo semelhante a este seu, isto é, com um perú, e pintado com um método semelhante. Igualmente me parece português!
Agora de onde .... bem, isso é outra história!
Mas é um prato de alguma dimensão, o que possuo. Indicar-lhe-ia as dimensões, mas não o tenho junto de mim neste momento.
Quero agradecer-lhe muito a divulgação e partilha do site das peças recuperadas com ajuda de metal.
Chego à conclusão que gosto mais das peças intervencionadas que as originais!
Muito obrigado
Manel
Creio que este seu encantador Peru é naturalmente português. Sem cair em nacionalismos tolos, esta ingenuidade é muito portuguesa.
ResponderEliminarQuem terá fabricado isto? Que oficina? Em que parte do País?
Olá Flávio
ResponderEliminarObrigada pelo seu comentário.
Sem dúvida que os pavões são aves majestosas e as cores das suas penas, são fabulosas e por isso mesmo se prestam a decorações sumptuosas.
Os perus, prestam-se a decorações mais singelas e rústicas, como é o caso deste meu prato.
Apareça sempre
Maria Paula
Olá Maria Paula,
ResponderEliminarSabe o que me agrada mais neste seu prato?
É que me parece um prato infantil com este desenho tão ingénuo e simples em que o perú é a vedeta.
Quem sabe se foi também isso que a atraiu mais nele?
Também lhe agradeço o link daquele site com as imaginativas recuperações de peças partidas e que eu já me deliciei a visitar. Até o juntei aos meus favoritos.
Bjs
Olá Fábio
ResponderEliminarObrigada pelo esclarecimento sobre a técnica usada para a representação do peru.Bem me queria parecer que este trabalho tinha sido feito em dois tempos diferentes.
Abraços, para si.
Maria Paula
Caro Manel
ResponderEliminarComo logo disse no primeiro parágrafo deste post, gosto muito deste prato.
O peru tem um ar ufano e decidido:) o que o torna muito simpático; os motivos vegetalistas, quanto a mim, são um pouco diferente do habitual, especialmente o da aba inferior. Talvez seja tudo isto, que torna este prato tão encantador. Este meu prato de sopa, é bem mais pequeno do que o seu, pois mede somente vinte centímetros e todos os restauros que sofreu, estão tão frágeis, que o trato com mil cuidados, estando por isto mesmo “plantado” no topo de um armário, numa sala da cave, que atualmente é pouco, ou nada frequentada.
Também gosto das peças “gateadas”. Para além de tornar as peças ainda mais singulares, penso, que os “gatos” serão garantia de autenticidade. Estarei a ser ingénua?
Em relação ao Past Imperfect.., fiquei maravilhada com a habilidade e capacidade inventiva , associadas a uma grande beleza e bom gosto que podemos ver nas diversas peças, que são mostradas. Não podia deixar de partilhar convosco, o meu achado.
Um abraço e continuação de boa semana.
Caro Luís
ResponderEliminarEste prato tão singelo, que muito provavelmente serviu em casas remediadas, (ou, se serviu em casa ricas, não terá passado da cozinha), tem a opinião unânime de todos quanto o veem, em como é encantador. Eu, claro, fico satisfeita :) até porque, como é hábito meu, em compras on-line, não o comprei de imediato. Namorei-o, e pela primeira vez, fiz uma contraproposta de compra (via e-mail), que para meu grande espanto foi aceite :) Sou uma péssima negociadora, não tenho o hábito de regatear, e, a primeira vez que me atrevi, tive sucesso:)Mas não mudei grandemente.
Fico satisfeita, por também considerar que o meu prato é de fabrico português. Já somos vários com a mesma opinião,o que vai conferindo algumas certezas.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Cara Maria Andrade
ResponderEliminarPode muito bem tratar-se de um prato infantil, quem sabe?! Qualquer criança comeria a papa mais rápido, para poder ver aparecer o simpático bicho:)
Sabe que quanto mais olho para o “meu” peru, mais o acho com possibilidades de se transformar numa personagem de um conto infantil, entre o tolo e o vaidoso? :) Aos meus olhos, tem um ar decidido e convencido, e, estas “qualidades”, vão metê-lo em sarilhos, ai isso vão :) Acabou de me dar uma ideia. Vou imprimir uma imagem do prato, e, lá mais para o meio do ano letivo, vou pedir às crianças que inventem uma história. É um jogo que elas gostam muito. Se o chegar a concretizar, farei um post, com os resultados :)
Abraços e uma boa semana para si
Bem, hoje não a largo com atribuições. Esse prato do Peru é sem dúvida de Alcobaça, talvez de Manuel da Bernarda. Mostrei recentemente no meu blog um deste simpáticos perus, que aparecem reproduzidos na obra de Jorge Pereira Sampaio e Luís Peres Pereira, intitulada Cem anos de louça Alcobaça, edição do autor de 2008
ResponderEliminarhttp://velhariasdoluis.blogspot.pt/2014/07/duas-faiancas-de-alcobaca.html
Bjos
:) Muito semelhantes, os perus, sem dúvida.Mas não só.
ResponderEliminarRepare que a cancela e a planta que aparecem na segunda bacia do Manel também se podem ver no meu prato, mas neste, pintadas com pinceladas apressadas sem grande preocupação com a perfeição do trabalho. Por outro lado o tipo de esponjado do meu prato é igual ao da primeira bacia.Parentes sem dúvida.
Beijos
Julgo que serão parentes e de Alcobaça. Claro, estas faianças eram sempre muito artesanais e cada peça acaba por ser única, aliás é nessa característica, que reside o seu encanto.
ResponderEliminarBjos