Este post surge na sequência de um comentário que fiz no Porcelana Brasil do Fábio Carvalho, a propósito das majólicas, que ele tem vindo a mostrar naquele seu blog.
Disse-lhe o quanto fui apaixonada ( o termo é mesmo este) por estas peças, e que, nessa altura, não comprei nenhuma pois eram caríssimas.
Há bem pouco tempo e já com a paixão pelas majólicas esmorecida, vi a que mostro a seguir.
Estava tão barata (10€), que a comprei de imediato, até porque a achei muito bonita e um bocado diferente do habitual.
Mas, porque a vida é irónica, ou são os azares normais, ou quem sabe, será sina minha em não ter majólicas,
quando saía do carro deixei cair o saco e claro partiu-se a minha bela peça. Como diz a canção popular, "juntei-lhe os caquinhos todos" e guardei tudo, algo desiludida.
No dia seguinte, comentei o facto com uma colega de trabalho, amante também de velharias, e muito habilidosa que se ofereceu, para colar a minha bandeja.
Ficará assim, colada por uma amiga, até eu arranjar tempo e disposição para pagar um restauro autêntico.
Na parte de trás, encontram-se dois números. O primeiro, gravado na pasta parece-me uma data, provavelmente a de fabrico.
Este outro, pintado, deverá ser uma referência a qualquer coisa, que não faço a mais pequena ideia.
A palavra alemã, talvez corresponda ao nome da fábrica.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Dança
Embora Álvaro de Campos, pela pena de Fernando Pessoa afirme que só quem nunca escreveu cartas de amor é que é ridículo, nem pretendendo ser este post uma carta de amor, acho que escrever sobre o que se gosta, por vezes, pode tornar- nos ridículos. Por isso mesmo, em vez de escrever sobre o gosto que tenho pela dança enquanto espectáculo, e o quanto gosto de dançar, prefiro, para o fazer, apoiar-me numa alegoria musical, com duas músicas fantásticas, de dois autores e intérpretes que oiço desde há muito, muito tempo, e que foram estando presentes neste passar de vida.
Jacques Brel ! Não sei como o descobri, mas terá sido certamente com o célebre Ne me quitte pas. Quem da minha geração, não formou o seu gosto musical com a música francesa? A cultura francesa predominava. O francês era a primeira língua estrangeira que se aprendia, a moda e o cinema impunham-se ao público, as adolescentes imitavam a franja da Françoise Hardy e cantarolavam em surdina o Je t'aime... mois, n'on plus. Eles, creio que se esforçavam, por parecer o Alain Delon, ou Johnny Hollyday e sonhavam pilotar um Ferrari ou Porsche nas 24 horas de Les Mans :)
quarta-feira, 11 de maio de 2011
África, representada num busto
Este busto foi-me oferecido pelo meu pai e é o que resta de uma colecção que representava os quatro continentes.
Pertenceu ao meu bisavô paterno, e, ao longo das várias gerações, a colecção foi-se dispersando, não fazendo o meu pai, a mais pequena ideia, sobre qual o caminho que terão tomado as restantes estatuetas.
Aqui está o meu bisavô. Recortei esta imagem, de uma fotografia, onde ele aparece rodeado da mulher, filhos, genro e sete netos e... o cão, o Mico :) Optei por não colocar a foto na integra, pois acho que estaria descontextualizada, mas é tão interessante enquanto registo de uma época, que pondero mostrá-la, mais dia menos dia.
O mais curioso de tudo isto é a tremenda coincidência de, aos dias de hoje, e às minhas mãos, ter chegado a estatueta que representa África, precisamente o continente onde nasci, e cresci. Saí de lá a escassos meses de fazer os 21 anos.
Voltemos ao busto.
Acho-o uma peça muito bonita e sem dúvida, que o conjunto dos quatro bustos terão formado uma bela colecção.
Que região de África, terá inspirado o autor, para a representação desta peça?
Os adornos, a roupa, os traços fisionómicos, a maneira como está arranjado o cabelo, dirão muito sobre isto e certamente, um estudioso da matéria, discorreria sobre o assunto, de tal forma, que eu o escutaria, qual criança ouvindo uma história.
A mim, a peruca parece-me sugerir ser feita de penas, e fez-me de imediato associá-la ao Egipto, mas a ausência da característica carregada maquilhagem em redor dos olhos, faz-me duvidar que assim seja.
Sobre a origem da peça nada sei. Não está marcada. No interior do pedestal, aparecem somente dois números, o 728, e , num tamanho mais pequeno o 10.
Pertenceu ao meu bisavô paterno, e, ao longo das várias gerações, a colecção foi-se dispersando, não fazendo o meu pai, a mais pequena ideia, sobre qual o caminho que terão tomado as restantes estatuetas.
Aqui está o meu bisavô. Recortei esta imagem, de uma fotografia, onde ele aparece rodeado da mulher, filhos, genro e sete netos e... o cão, o Mico :) Optei por não colocar a foto na integra, pois acho que estaria descontextualizada, mas é tão interessante enquanto registo de uma época, que pondero mostrá-la, mais dia menos dia.
O mais curioso de tudo isto é a tremenda coincidência de, aos dias de hoje, e às minhas mãos, ter chegado a estatueta que representa África, precisamente o continente onde nasci, e cresci. Saí de lá a escassos meses de fazer os 21 anos.
Voltemos ao busto.
Acho-o uma peça muito bonita e sem dúvida, que o conjunto dos quatro bustos terão formado uma bela colecção.
Que região de África, terá inspirado o autor, para a representação desta peça?
Os adornos, a roupa, os traços fisionómicos, a maneira como está arranjado o cabelo, dirão muito sobre isto e certamente, um estudioso da matéria, discorreria sobre o assunto, de tal forma, que eu o escutaria, qual criança ouvindo uma história.
A mim, a peruca parece-me sugerir ser feita de penas, e fez-me de imediato associá-la ao Egipto, mas a ausência da característica carregada maquilhagem em redor dos olhos, faz-me duvidar que assim seja.
Sobre a origem da peça nada sei. Não está marcada. No interior do pedestal, aparecem somente dois números, o 728, e , num tamanho mais pequeno o 10.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Estatuetas em Braga
Continuando na senda das estatuetas e urnas no topo dos edifícios, descobri em Braga o naipe que mostro a seguir.
Pertencem a um palacete, que fica numa das principais avenidas Bracarenses, a avenida Central, e, creio que ainda serve de habitação.Ainda bem !!Causa-me sempre algum pesar, ver casas de família passarem a espaços públicos, mesmo sabendo, ou melhor, calculando, a despesa que não será necessária para a manutenção destas casas.
O conjunto das três estatuetas está ladeado por duas urnas, cujos gomos lhe dão um aspecto muito elegante.
Em baixo uma das urnas, fotografada, com o zoom quase no máximo.
Passemos então às estatuetas.
Esta primeira, não oferece dúvidas, é Mercúrio, com todos os atributos que a arte lhe atribui, e com uma representação muito próxima desta que o Luís mostrou. Muito próxima, muito próxima não é, pois este Mercúrio de Braga, está representado,com uma bela figura masculina :)
Quanto às restantes não as consigo identificar.
Esta segunda estatueta,acompanhada das antenas de televisão :(, calca com o pé o que me parece ser uma cesta com frutos, e tem uma coroa na cabeça. Não sei se estes pormenores serão suficientes para a identificarem.
A terceira e última, tem uma coroa de louros na cabeça, e sabendo-se que este tipo de ornamento representa a vitória, talvez seja uma alegoria ao sucesso, ou à felicidade. A fieira de rosas, representada sugere-me também, um tema ligado à harmonia do lar. Será ? :)
Estavam erradas as minha suposições acerca da identidade desta divindade.Com a ajuda do Manel e Luís está identificada agora. Trata-se de uma representação de Flora, a deusa que preside a tudo o que floresce.
Mas neste dia em que me armei em turista na própria terra, descobri, noutra rua, uma outra estatueta muito interessante e que sem dúvida representa algum tipo de comércio ou industria que ali existiu. Prometo lá voltar, à rua D. Afonso Henriques, (que tem umas casas antigas encantadoras) e fotografar o edifício, que desta vez a chuva não o permitiu.
Aqui está ela.
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