Não comentei esse post, pois pouco teria a acrescentar, mas ele teve o condão de também me transportar até "à minha casa X".
E diga-se que tenho várias; uma, seria na minha longínqua terra natal e teria com toda a certeza cancelas em madeira, pintadas de vermelho, outra, poderia ser perto de uma qualquer praia, a terceira seria obrigatoriamente em Lisboa,no seu coração de preferência e, por fim, uma muito velhinha, para que eu tivesse o prazer de a restaurar, sem lhe alterar a traça original, e ter o gosto de dar nova vida aos materiais que nela tivessem sido utilizados nesses tempos distantes.
Percebe-se, que não será por falta de sonhos, que serei infeliz :)
Bem perto da minha casa, da verdadeira, existe uma, com a qual me "cruzo" todos os dias, e que também me faz sonhar, imaginando eu, o que faria, se ela fosse minha.
Tenho fotografias dela, ou melhor de pormenores.Não consigo uma boa fotografia de toda a casa. Falta de técnica e de ângulo:)
Está abandonada há décadas. Está, agora à venda.
Ei-la!
O portão da entrada principal
A porta principal
Pormenor dos azulejos
Que Liiiinda Maria Paula, adorei adorei adorei!!!
ResponderEliminarMesmo como eu gosto e sonho....L I N D A!!!
Beijinho Maria Paula
Olá Maria Paula
ResponderEliminarSurpreendente este mundo virtual de uns quantos amigos, mote inspirador em persistir e reviver sonhos tão presentes em cada um de nós...
Gostamos de casas....como sei!
A minha filha mora numa mansarda num pátio de Alfama todo remodelado com uma vista deslumbrante sobre o rio. Há muito casario a ser restaurado,acredito que um dia lá terá a sua, fica a uns passos da feira-da-ladra,do miradouro de Sta Luzia, do Castelo, da Fundação Ricardo Espírito Santo, dos antiquários, Sé, igrejas, da baixa... para mim é de todos os bairros o mais castiço, que me desculpem os outros, mas gostos não se discutem.
Também sempre sonhei com uma casa na praia, o melhor que tive foi um apartamento grande na Figueira da Foz, foram 12 anos de Natais fabulosos, da lenha acabar e ter de ir à serra a chover e nevoeiro de serrote em punho cortar madeira, pô-la no lume e vê-la chorar...
Tudo acaba, durante o ano era pouco vivida, a minha mãe decidiu rentabiliza-la...
Quanto à do campo na traça tradicional para restaurar é a que mais gosto me dá, não é minha, sim do meu marido, e logo ele que lhe liga tão pouco, por ele nada fazia, a minha teimosia persistente lá a vai mantendo, sempre com o coração nas mãos de ser de novo assaltada, então o jornal não dá conhecimento dos assaltos, das pias roubadas, do azeite derramado, de levarem tudo, até talheres...
Sou uma mulher de excessos, quando li o post do Luís vibrei em descobrir o tipo de casa dos seus sonhos, vai daí não hesitei em lhe dizer que quando me sair o euro milhões lhe oferecia uma igual. Esqueci-me da partilha, que tenho outros amigos de igual craveira. Que fazer senão remendar!
Espero sinceramente que sejam uns milhões para poder em abono da verdade contemplar todos!
Se a casa perto da sua ainda estiver à venda, compra-se e pronto é sua, e não se fala mais nisso.Adorei-a, desde o imenso portão de ferro forjado ao grená dos azulejos,dos do remate Arte Nova, das grandes janelas e da elegância do remate da frontaria tão usual mais para sul com os varandins em piqueletes de loiça de Massarelos? não sei se nos extremos terá vasos ou estatuetas como é costume por aqui....linda, e à falta de cancelas vermelhas, tem sempre o grená dos azulejos, que é a minha cor predilecta, lembram-me morangos, cerejas, um homem de morrer com uma camisola desse tom...
Vou contar uma confidência, estou a pensar ir morar para o norte....ninguém sabe!
Sobrará por certo algum tostão para visitar a sua terra natal,regalar-se com a sua casa de cancelas vermelhas...
Beijos
Isabel
Fico sempre espantado com as suas fotografias e a sensibilidade que revela. No ínicio pensei "ela só tira bem fotografias a flores, frutos e coisas naturais", mas agora vejo que capta com uma poesia também muito especial a alma das casas antigas, dos portões enferrujados e dos jardins abandonados. Comoveu-me
ResponderEliminarEsta casa, para além de estar fotografada por si de forma muito sensível, e talvez por isso mesmo, trouxe-me a nostalgia do tempo em que, em dias de sol, corriam crianças pelo jardim na parte da frente, vigiadas pela família através das janelas, abertas de par em par.
ResponderEliminarA nostalgia de uma forma de vida que desapareceu e dificilmente regressará.
Há toda uma linguagem "Art Nouveau" que invade a edificação através dos azulejos e do desenho dos ferros do gradeamento, no entanto, o edifício propriamente dito, é algo austero, com um cunho até britânico na sua composição classicista.
Não corresponde à minha ideia de casa ideal, a qual se dirige para um edifício mais doméstico e rústico, rodeado de um pequeno jardim de rosas antigas, tipo "english cottage" (peço desculpa pelo anglicismo, mas é o termo que melhor define a minha ideia). Cantarias de pedra à vista, pequenas janelas com portadas, assimetria, profusão de madeira à vista, tijoleiras antigas, rebocos rústicos sem preocupações de superfícies muito lisas, travejamentos descascados aparentes, lareiras ... enfim, isto constituiria boas guias para o sonho de uma habitação modelo, o que em Inglaterra constituiu um movimento muito popular no século XIX denominado de "Arts and Crafts".
Não tendo esta hipótese, contento-me com um andar no centro de Lisboa (evitei os bairros "pipulares", que a vizinhança não é recomendável e eu gosto de viver tranquilamente, sem que me imponham o barulho alheio!), para poder ir a pé para o trabalho. Quanto ao cantinho rural também existe, mas ainda é rudimentar!
Um bom final de semana
Manel
Marília
ResponderEliminarÉ de facto muito bonita esta casa.O espaço que a rodeia é magnífica.
Fica a caminho do Bom Jesus, mesmo no início do escadório.Quando vier a Braga facilmente a localizará. Está à venda :)
Beijinhos
Maria Paula
Cara Isa
ResponderEliminarÉ no acreditar, que está o querer, ou será, que é no querer, que está o poder :)
Já não sei muito bem, o certo é que se a Isa, acredita que eu hei-de ter a minha casa em Lisboa, é porque vai mesmo acontecer, aliás, acabo de jogar no euromilhões:)
Agora falando um bocadinho mais a sério,sonho muitas vezes com uma casa de sonho, não que esteja descontente com a minha, mas é sempre bom imaginar, "se"...
Adoro a sua firmeza quando diz "Se a casa perto da sua ainda estiver à venda, compra-se e pronto é sua, e não se fala mais nisso".
Pode ter a certeza, que se me sair a mim o euromilhões,correremos as praias de lés a lés, até encontrar a sua casa de sonho.Para si na praia, para o Luís a da rua Direita, para o Manel,a casa rodeada de roseiras antigas (como gostos delas),e para a Marília, com certeza seria esta que eu mostrei aqui :)
Minha amiga como fazem bem os momentos que aqui passamos!
Beijos
Maria Paula
Se vier para o Norte, avise! Terá cicerone à disposição :)
Luís
ResponderEliminarObrigada pelo comentário.
Sabe, não tenho um tema preferido para fotografar.Quando determinada coisa atrai a minha atenção, tento a fotografia. Daí ter álbuns, que vão desde muros,a candeeiros, arte sacra,etc. Só não fotografo pessoas.Sei que na maior parte das vezes a miséria humana, as tragédias,os cataclismos, dão grandes fotos, mas eu questiono-as sempre. É certo, que felizmente, não tenho oportunidade de fazer este tipo de fotografia, mas creio que se tal acontecesse teria muito pudor em registar o sofrimento, o humano principalmente.
Bom fim de semana
Maria Paula
Olá Maria Paula,
ResponderEliminarTambém gostei muito da casa que tão bem fotografou. Adorei sobretudo os azulejos Arte Nova e o belíssimo portão em ferro forjado.
Quanto a casas de sonho, acho q já ultrapassei um bocado essa fase, até porq gosto da casa onde vivo, embora simples e despretenciosa. É em estilo rústico, feita há 30 anos e tem muito terreno a toda a volta, com animais e tudo. Quando para cá viemos, estavamos quase a acampar dentro de casa, mas aos poucos fomos acabando, depois fomos sempre acrescentando e fazendo melhorias e agora acho q tenho uma casa mais do q à minha medida (sou pequenita)e sinto-me perfeitamente bem dentro dela. Há só um senão: devia estar localizada em Coimbra, perto da minha filha e de amigos q lá temos, mas estou a meia hora da cidade...
Um dia, quem sabe, talvez nos encontremos todos por aqui...
Beijos
Maria A.
Ao reler o comentário vi q tinha um erro ortográfico em "despretensiosa" e detesto dar erros ortográficos, peço desculpa, se calhar ninguém ia reparar, mas é uma mania como outra qualquer, ou talvez deformação profissional...
ResponderEliminarCaro Manel
ResponderEliminarTem razão, a casa é um tanto austera e simétrica mas, a área envolvente, bastante arborizada (as japoneiras imperam), disfarça um bocadinho. Eu, talvez porque a olhe todos os dias, gosto muito dela.No entanto, a minha casa de eleição e coração, será a tal de cancelas vermelhas, em perfeita harmonia com os bagos de café :)
A sua ideia de casa ideal é sem dúvida muito bela. O jardim com rosas antigas,encantou-me.
Tenho algumas, na minha casa, e, o seu perfume, nada tem a ver com as das roseiras de estufa...
Um bom fim de semana
Maria Paula
Olá Maria Andrade
ResponderEliminarO portão desta casa, foi precisamente, o primeiro pormenor que atraiu a minha atenção, depois, comecei a olhá-la melhor,fui descobrindo os restantes pormenores.Comecei a apreciar estas casas, em contraponto, com a grande moda que houve no Minho de se construírem as casas minimalistas, sem telhado,penso que influências de Siza Vieira. Não questionando o valor do senhor(quem sou eu) não gosto.Entendo que as casas, especialmente as familiares, devem estar o mais enquadradas possíveis, dentro da arquitectura e paisagem local.Sei que isto pode ser utópico, mas também não sou purista. Alguma inovação terá que haver, mas...banir por completo,o modo de construir e materiais é que eu não consigo concordar. Agora, a moda, são as casas familiares tipo, Casa da Música...
Devo esclarecer, que a minha casa, de que gosto muito, tem telhado de telha tradicional, e nada tem de minimalista :). Também foi recheada, cadeira a cadeira, mesinha a mesinha.Agora, ainda não está cheia como um ovo, mas para lá caminha:)
Beijos para si e muito obrigada pelo comentário
Maria Paula
Fotografar casas e da maneira como a Maria Paula o faz é também fotografar pessoas, gente que viveu há muito, ou então uma mentalidade, gente que detesta o património e que deixa sítios tão bonitos cairem aos poucos
ResponderEliminarLuisY